A Polícia Federal apreendeu, na manhã de terça-feira, 11 de janeiro, dezenas de cédulas falsas de Real em uma chácara na zona rural de Marinópolis-SP. Foram 75 cédulas de R$ 10,00 e uma de R$ 100,00.
Em investigação conduzida pela DPF de Jales, um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal foi cumprido na residência de um comerciante de hortifruti do município. As cédulas falsas estariam sendo distribuídas pelo comerciante na região de Jales. Ele não estava no local no momento da apreensão do dinheiro falso. A esposa foi ouvida pela autoridade policial e liberada. As investigações vão prosseguir.
HISTÓRICO
A polícia não confirmou a ligação entre os casos, mas as apreensões de cédulas falsas tem sido um tipo de ocorrência frequente na Delegacia de Polícia Federal de Jales.
Em janeiro de 2021, por exemplo, os policiais federais realizaram duas apreensões de cédulas falsas nas cidades de Santa Fé do Sul e Jales em menos de 24 horas. Três pessoas foram presas em flagrante delito. Com os presos a PF apreendeu quarenta cédulas falsas de R$ 100 cada, totalizando R$ 4.000,00.
Na quinta-feira, dia 7, os federais prenderam o casal J.L.R.G e L.S.C., ambos moradores de Santa Fé, na posse de R$ 3.000,00 em cédulas falsas de R$ 100 que foram recebidas através de encomenda postal.
Na tarde do dia seguinte, sexta-feira, 8, a PF conseguiu surpreender e prender em flagrante delito, no centro da cidade de Jales o empresário O.S.N. A prisão ocorreu logo após ele retirar uma encomenda contendo R$ 1.000,00 em cédulas falsas de R$ 100. O preso confessou o crime e disse que adquiriu as notas por meio de contatos mantidos pela internet e através de aplicativos de mensagens.
As prisões aconteceram após a PF receber informações sobre a comercialização e entrega via postal (correios) de cédulas falsas na região de Jales. A Polícia Federal informou que continuará com as investigações objetivando identificar outros criminosos que comercializam cédulas falsas, bem como os responsáveis pela confecção das mesmas.
Os presos foram indiciados pelo crime de cédula falsa, tipificado no artigo 289, parágrafo primeiro, do Código Penal Brasileiro e caso sejam condenados por este crime estarão sujeitos à pena de até 13 anos de reclusão.
VILA VELHA E BRASÍLIA
Em dezembro passado, a PF de Jales deflagrou a Operação “Luz Negra”, que tem como objetivo reprimir grupo criminoso responsável por distribuir cédulas falsas de reais em todo o país.
Dois homens foram presos preventivamente pela Polícia Federal nas cidades de Vila Velha-ES e Brasília-DF. Os federais também cumpriram mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Jales.
As investigações iniciaram no começo deste ano, a partir de uma apreensão de cédulas falsas realizada pela PF em Jales, em 8 de janeiro de 2021. A apreensão foi realizada no momento em que um dos compradores das falsificações retirava uma encomenda em uma agência postal no centro da cidade. Na ocasião, a PF apreendeu mil reais em cédulas falsas, que foram adquiridas por um empresário local, após negociar a compra através de contatos mantidos com o falsário via aplicativo de mensagem.
No decorrer das investigações, a PF identificou dois homens suspeitos de serem distribuidores das cédulas falsas em todo o país. Eles ofereciam o produto ilícito na internet e por meio de aplicativos de mensagens. As falsificações eram oferecidas na proporção de uma cédula verdadeira em troca de até doze cédulas falsas. Após representação da PF à Justiça Federal de Jales, dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão foram expedidos e cumpridos nos endereços dos suspeitos nas cidades de Vila Velha-ES e Brasília-DF.
Na operação de dezembro, a PF apreendeu em Vila Velha telefones celulares, computadores, anotações, materiais que indicam a produção de cédulas falsas, várias encomendas contendo notas falsas prontas para envio, além de um total de R$ 71.460,00 em moeda falsa, sendo 684 cédulas de 100 reais e 156 cédulas de 20 reais. Em Brasília, a PF prendeu o suspeito e apreendeu uma cédula falsa, além de outros objetos e documentos.
Quem recebe a moeda falsa de boa-fé, (acreditando na autenticidade da mesma) não comete o crime e deverá entregá-las em uma agência bancária para encaminhamento ao Banco Central do Brasil para análise ou em uma delegacia de polícia para registro de uma ocorrência policial. Quem repassar uma cédula falsa recebida, mesmo depois de tomar conhecimento sobre a falsidade, também comete o crime e estará sujeito a uma pena de até 2 anos de detenção.
O nome da operação “Luz Negra” foi utilizado em razão do apelido de um dos suspeitos (Scorpion, termo em inglês que significa escorpião). A luz negra é utilizada na caça ao escorpião e também é um tipo de luz utilizada em equipamentos que detectam cédulas falsas.