A Prefeitura de Jales, através da Secretaria de Saúde, estabeleceu um novo protocolo para os atendimentos de ambulâncias feitos dentro do município. Com isso, o transporte de pacientes passa a ser restrito a crianças, idosos, gestantes, mães com criança de até seis anos e pacientes com recomendação médica. O objetivo é economizar dinheiro e coibir abusos.
As duas ambulâncias que fazem o serviço na cidade transportam em média 2 mil pessoas por mês, sendo que a maior concentração acontece de segunda a sexta. (leia nesta página)
Segundo o secretário Leonel Queiróz, muitas pessoas usavam as ambulâncias “como táxi”. “Havia em Jales uma cultura em que as pessoas usavam o transporte como taxi, ou seja, chamavam a ambulância para consultas agendadas de rotina, exames enfim, para tudo e boa parte era sem necessidade. Havia abusos sérios como pessoas que iam para o centro fazer compras e depois chamavam a ambulância para levá-la para casa. Tinha gente que tinha plenas condições de saúde e até transporte próprio”.
Ele reconhece que a medida também visa economia financeira, de pessoal e de material, além de priorizar quem realmente precisa. “Diante disso e das dificuldades financeiras, dificuldades de frota e de motorista, estabelecemos esse protocolo”, disse.
A norma leva em consideração os estatutos do Idoso e da Criança e Adolescente e tem como regra a palavra final de um médico regulador. “É ele quem decide”.
Todo o dinheiro economizado, ainda segundo Leonel Queiróz, será revertido para o próprio sistema de saúde, principalmente para a atenção básica, a base do atendimento ao cidadão e porta de entrada para o sistema.“A prefeitura deixa de gastar e tem mais recursos para atenção básica, porque a Saúde precisa de mais investimento para custeio e até manutenção da frota. Enfim, vai ser revertido para o próprio sistema de saúde”.
O protocolo de atendimento não afeta o transporte de pacientes para fora do município. As viagens dos chamados pacientes referenciados para Fernandópolis, Rio Preto, Bauru, Votuporanga, Barretos e outras continuam como estão.
Ele negou que as Unidades de Saúde do Município estejam com dificuldades para contratar médicos. Segundo ele, as unidades tinham contratos que estavam terminando e alguns desistiram, por isso, foi necessário contratar novos profissionais. “De oito licitações que abrimos, conseguimos contratação de sete. Agora, enviamos pedidos para licitação para duas unidades, a do Jardim São Jorge e do Jardim Municipal que não deu tempo de incluir nas oito. Já temos médicos interessados e acredito que em 10 ou 15 dias vamos preencher todas”.