A Telefônica S/A tomou o título que pertencia à Vivo S/A de campeã das ações de indenização por danos morais ajuizadas na Justiça de Jales. Em 2015, levantamento feito pelo jornal A Tribuna mostrava que a operadora Vivo era a campeã disparada das reclamações dos usuários por conta de falhas nos serviços prestados. Naquele ano, de janeiro até o final de abril, a Vivo aparecia como requerida em 330 ações ajuizadas junto à Vara Especial Cível e Criminal de Jales, a maioria pedindo indenizações por danos morais devido ao mau funcionamento de linhas telefônicas ou cobrança de débitos inexistentes.
Em 2017, até a semana passada, a Vivo contabilizava apenas 14 ações como requerida. A empresa mais acionada na Justiça, neste ano, vem sendo a Telefônica S/A, que já contabiliza 251 ações, das quais 206 foram ajuizadas no Juizado Especial. A maioria dessas ações está pedindo indenizações por danos morais em valores que variam de R$ 5 mil a R$ 20 mil. O segundo lugar no campeonato das reclamações levadas à Justiça está sendo ocupado pelo Banco Santander S/A que, em 2017, já aparece como requerido em 55 ações ajuizadas. Em pelo menos uma dessas ações, o banco espanhol já foi condenado a devolver R$ 3 mil a um cliente e, além disso, terá que pagar R$ 10 mil a título de ressarcimento por danos morais ao cliente indevidamente incluído em um cadastro de inadimplentes.
O Bradesco S/A ocupa a terceira posição com 54 ações ajuizadas em 2017, nas quais ele aparece como requerido. A maioria das ações contra o Bradesco também está pedindo indenizações por danos morais. Em decisão recente, o juiz da Vara Especial Cível e Criminal, Fernando Antonio de Lima, condenou o banco a pagar uma indenização de R$ 10 mil a um cliente que teve um cheque devolvido. Segundo o cliente, o cheque poderia ter sido pago já que ele dispunha de um crédito especial com limite contratado de R$ 5,8 mil.
O Banco do Brasil também aparece entre as empresas mais acionadas na Justiça de Jales em 2017, com 29 ações ajuizadas contra ele. Já a Sky Brasil Serviços contabiliza, de janeiro a junho, apenas 09 ações em que a prestadora de serviços aparece como requerida. Em pelo menos uma dessas ações, a Sky Brasil já foi condenada a pagar R$ 7 mil de indenização por conta da inclusão indevida de um cliente em uma relação de devedores.