Segunda-feira, Novembro 25, 2024

STF decide que prefeitos com contas rejeitadas podem se candidatar

Date:

 

Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), candidatos a prefeito que tiveram contas rejeitadas somente pelos Tribunais de Contas Estaduais podem concorrer às eleições de outubro. Com o entendimento firmado pela Corte no último dia 10 de agosto, os candidatos só podem ser barrados pela Lei da Ficha Limpa se tiverem as contas reprovadas pelas câmaras municipais.

Por 6 votos a 5, a maioria dos ministros entendeu que a decisão dos tribunais que desaprova as contas do governo deve ser tratada apenas como um parecer prévio, que deve ser apreciado pelos vereadores. Os ministros entendem que o Legislativo local tem a palavra final sobre a decisão que rejeita ou aprova as contas. Dessa forma, somente após decisão desfavorável dos vereadores, um candidato pode ser impedido de concorrer às eleições.

A Lei da Ficha Limpa diz que as pessoas que tiverem as contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável ficam inelegíveis por oito anos a partir da decisão. Seguiram o entendimento os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Marco Aurélio, Celso de Mello e o presidente, Ricardo Lewandowski.

O ministro Gilmar Mendes seguiu a maioria e entendeu que a palavra final é da Câmara Municipal. Além disso, Mendes ressaltou que a composição dos tribunais de Contas é politizada e formada, na maioria dos casos, por pessoas que passaram pelo Legislativo.

“Hoje, um governador, que domina uma assembleia, e o tribunal de Contas podem rejeitar as contas de maneira banal para causar a inelegibilidade de um prefeito. Temos que ter muito cuidado com isso. Não queria entrar nesse assunto, mas, se era para tratar de realidade constitucional, mas falar com toda a abertura”, disse o ministro.

Durante o julgamento, o ministro Luís Roberto Barroso, um dos votos divergentes, criticou a decisão por entender que prefeitos acusados de desviar recursos podem ter as contas aprovadas por terem apoio político da maioria dos integrantes do Legislativo local.

“Não me parece razoável a tese em que alguém possa dizer que, comprovadamente, o prefeito desviou dinheiro, mas a Câmara Municipal, politicamente, como ele tem maioria, achou que está bem assim ”, disse Barroso. (*fonte: Agência Brasil).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img

Outras matérias relacionadas
RELACIONADAS

Justiça arquiva ação do Partido de Penariol contra A Tribuna

O juiz eleitoral da 52ª Zona Eleitoral de Jales,...

MP pede cassação e inelegibilidade de vereadora eleita

O Ministério Público Eleitoral de Jales está pedindo a...

9 a 1: Luis Henrique se consolida como maior liderança política do município

O prefeito Luis Henrique Moreira (PL) alcançou no último...

Eleição em Jales, apenas cinco urnas precisaram ser trocadas

O dia de votação em Jales transcorreu sem intercorrências...