Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Jalesense diz que invenção pode fazer carro economizar até 80% de combustível

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Há quem garanta que carro movido a água é um mito, ou uma mentira, mas a verdade é que, há muitos anos, existem vários experimentos sobre o assunto. Segundo especialistas, o invento de um motor que “gera” hidrogênio retirando-o da água para transformá-lo em combustível já é antigo, sendo que patentes já foram registradas em 1978, em nome do norte-americano Yull Brown. A invenção de Brown foi, no entanto, contestada por vários cientistas e, em 2008, uma revista especializada garantiu tratar-se de uma fraude.

Mais recentemente, aqui no Brasil, o goiano Roberto de Souza também inventou um motor movido a hidrogênio da água. Em 2014, o experimento de Roberto teria feito um carro popular andar mais de 1.000 km com menos de um litro de água. Ele diz, no entanto, que a legislação brasileira não permite a comercialização do produto, alegando falta de segurança e risco de explosão. A revista Quatro Rodas, especializada em carros, já fez um teste com um desses inventos – o kit Gasagua, no mercado desde 2008 – e não aprovou a eficiência do produto.

Em Jales, no entanto, alguns proprietários de veículos estão aprovando um dispositivo inventado, em tese, por um mecânico jalesense. Chama-se “Filtro Ecológico H2O” e pode, segundo o mecânico Carlos Fernandes Nunes, o Carroça, ser instalado em qualquer veículo movido a gasolina ou álcool. De acordo com o suposto inventor, a engenhoca pode proporcionar uma economia de combustível de até 80%. Ou seja, um veículo que faz 10 quilômetros com um litro de combustível, poderá fazer até 18 quilômetros com a mesma quantidade. Ele garante, também, que não existem efeitos colaterais para o motor do carro.

O jornal A Tribuna conversou com pelo menos três proprietários de veículos que já instalaram o dispositivo há algum tempo. E, por incrível que pareça, todos eles estão satisfeitíssimos com os resultados. É o caso de Carlos, um vendedor autônomo que utiliza o carro para trabalhar. “Eu coloquei o filtro há uns seis meses e, de lá para cá, a economia de combustível foi de mais de 50%”, garante o vendedor. Um conhecido comerciante de Jales também instalou o dispositivo e se diz contente com a economia. 

 “Eu não quero que meu nome apareça porque não sei se a instalação desse aparelho é legal, mas eu estou surpreso com o resultado”, disse o comerciante. Ele contou que recomendou o dispositivo a um amigo e que este também está contente. “O detalhe é que você não pode acelerar muito, senão você não vai fazer economia nenhuma. O hidrogênio fabricado pela água precisa de um tempo para chegar ao motor e, se você acelerar muito, a gasolina vai chegar primeiro”, explicou o comerciante.

O produto atraiu, também, atenção de um funcionário de uma revendedora de carros da cidade. Ele diz, no entanto, que ainda não dá para avaliar a eficiência do filtro. “Faz pouco tempo que eu coloquei e, então, acho que não posso afirmar muita coisa. Em princípio, parece estar gerando economia, mas o melhor é esperar um pouco mais para avaliar se isso faz economizar mesmo ou se, como outras pessoas dizem, é só perda de tempo e de dinheiro”, disse o vendedor de veículos.

O mecânico Carroça garante ser o inventor do dispositivo. “Eu fiz testes durante uns oito meses e fui modificando o filtro, até chegar no ponto ideal. Além da economia de combustível, o filtro é ecologicamente recomendável, pois não polui a natureza. Pode passar o dedo no escapamento que ele vai sair limpinho”, afiançou Carroça. A paternidade do filtro, no entanto, já está gerando controvérsias. Marcos, funcionário de uma loja de implementos da cidade, diz ter sido o inventor. “Eu pesquisei na internet e fui desenvolvendo o dispositivo. Já vendi vários kits e o Carroça se encarregou apenas de instalar”, garante o rapaz. “Eu estou trabalhando agora num dispositivo para o gerador de energia de um frigorífico. Se der certo, o frigorífico vai passar a usar mais o gerador e diminuir bastante os gastos com energia elétrica”, disse Marcos.

Segundo a reportagem de A Tribuna apurou, a instalação mecânica é feita por Carroça, enquanto a parte elétrica é executada por um Auto Elétrico. O dono do Auto Elétrico garante que já instalou mais de 60 dispositivos. “Pelo que tenho visto, todos os que instalaram o filtro estão satisfeitos. Tem uma empresa aqui de Jales que instalou o dispositivo em um veículo e depois instalou em mais três. É sinal de que funcionou bem”, concluiu o comerciante.

Quanto à legalidade do dispositivo, o jornal conversou com o ex-delegado de trânsito de Jales, Althair Ramos Leon. Ele disse que, em princípio, a instalação de qualquer dispositivo que importe em modificação das características ou especificações dos veículos, necessitaria de autorização do Detran. O delegado acha, no entanto, que o correto seria consultar o órgão a respeito do caso, mas o telefone do Detran – 3627-8380 – não atendeu às três tentativas da reportagem.

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