Como o jornal A Tribuna adiantou na semana passada, a Polícia Militar reforçou a ronda escolar nas escolas municipais e estaduais a partir da segunda-feira, 10, no intuito de tranquilizar estudantes, pais e professores. Desde a semana anterior, uma enxurrada de boatos e queixas falsas, incluindo vídeos, áudios e textos, foram disseminados pelas redes sociais com o objetivo claro de levar pânico à sociedade. A polícia reforça, entretanto, que até o momento, nenhuma ocorrência contra escolas ou alunos foi registrada em Jales e na região.
Segundo o delegado seccional, Charles Wistom de Oliveira, os boatos são todos muito parecidos e se proliferam pelas redes sociais digitais, mas, por enquanto, nada de concreto ocorreu.
De acordo com a versão mais comum do boato, o assassino que invadiu uma creche em Blumenau-SC, na quarta-feira, dia 5, participava de um jogo virtual e cumpria tarefas desse jogo, e supostamente um aluno local também estaria participando desse jogo e estaria disposto a cumprir tarefas semelhantes em uma escola de Jales. Não há nenhuma informação que comprove isso, nem em Blumenau nem em qualquer outra cidade brasileira. Tanto que o boato muda o nome da escola que seria alvo do ataque muda, dependendo do autor da notícia falsa. Já houve boatos em relação à uma escola privada e uma pública. Todos sem comprovação.
VIDEOMONITORAMENTO
Em entrevista radiofônica concedida no começo desta semana, o prefeito Luís Henrique disse que tem se reunido com os comandantes das forças de segurança, tanto Polícia Militar quanto Polícia Civil, que estão avaliando em conjunto algumas medidas para aumentar a sensação de segurança nas escolas. Entre elas, o aumento do efetivo da Atividade Delegada.
“Estamos quebrando a cabeça para encontrar a melhor solução sobre isso, mas é preciso ter muito cuidado porque é um assunto muito delicado. Não basta apenas colocar um segurança armado na porta da escola, não é algo tão simples. Deixar um policial na porta da escola vai resolver o problema? Os alunos não são revistados quando entram na sala de aula, por exemplo. Temos que pensar nisso tudo. Uma das alternativas é o sistema de videomonitoramento e acionamento por aplicativo”.
Segundo Luís Henrique, o sistema seria acionado por um funcionário da escola, usando uma espécie de “botão do pânico”, no celular, que seria ligado diretamente à central de polícia e acionado em caso de emergência.
O prefeito ressaltou que atualmente a Prefeitura gasta cerca de R$ 550 mil anualmente com a Atividade Delegada somente no policiamento urbano, que inclui o policiamento nas escolas. No total, incluindo a Polícia Ambiental e o Corpo de Bombeiros, a Prefeitura gasta aproximadamente R$ 1,1 milhões anualmente.
“Vimos que alguns municípios e alguns estados colocaram policiamento em todas as escolas e creches, mas é outra realidade. O número de escolas que existem em Santa Catarina é o menor que os da cidade de São Paulo”.
ENCAPUZADOS
Segundo a imprensa fernandopolense, na tarde de segunda-feira, dia 10, dois alunos encapuzados e com roupas pretas ameaçaram um massacre em uma escola estadual de Fernandópolis. A brincadeira de mal gosto dos próprios alunos da unidade, fez o setor de inteligência da polícia ser acionada.
O ato dos alunos foi parar na delegacia de polícia com registro de boletim de ocorrência e direito ao Conselho Tutelar e os pais acionados para tomarem ciência sobre o assunto.
A ameaça fake foi registrada nas redes sociais e rapidamente foi identificada pelas autoridades que chegaram à Escola Armelindo Ferrari, no Jardim Guanabara, para averiguar o fato, que será investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais).
OUTRO FATO
Pela manhã, uma suposta ameaça também circulou as redes sociais o que gerou confusão em várias escolas de Fernandópolis. Pais e parentes de alunos entraram em desespero com diversas informações desencontradas e ameaças falsas.
A Polícia Militar chegou a mencionar que estava monitorando as redes sociais em busca dos autores das mensagens.
As ameaças tiveram como alvo pelo menos três escolas daquela cidade.
Contra boatos, P.M. reforça vigilância nas escolas
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