O desempregado de 33 anos que foi preso pela Polícia Civil, em Jales, no começo da manhã do dia 18 de maio, terça-feira, agia durante a madrugada e passava o dia dormindo. A informação foi fornecida por um morador da Rua Bom Jesus, vizinho do acusado. Segundo o morador, o homem raramente era visto na rua, mas as luzes da casa permaneciam acesas durante a noite. “Ele estava até pálido porque não pegava sol”, relatou.
Morador do Jardim Morumbi, R.S.H. foi preso em flagrante por homens da Polícia Civil de São José do Rio Preto, com o apoio de policiais de Jales, em mais uma investida contra a pedofilia.
Ao chegar a casa, encontraram o alvo, que confessou que armazenava arquivos de pornografia infantil. Reconheceu, também, que usava uma identidade falsa nas redes sociais. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que os policiais arrombam o portão e a porta da casa e invadem o imóvel aos gritos e de arma em punho, surpreendendo o atônito suspeito, que não teve como reagir.
Foram apreendidos 4 computadores, pen-drives, HDs internos avulsos e dezenas de CDs, totalizando, por fora, mais de 1 milhão de arquivos. A perícia foi acionada para o local. O alvo foi preso em flagrante pelo crime de armazenar arquivos de pornografia infantil.
Meses atrás, agentes da inteligência da Polícia Civil detectaram atuação suspeita de R.S.H., e passaram a monitorá-lo, descobrindo que agia na “deep web”, realizando a conduta conhecida como “grooming”, ou seja, se passava por adolescente, abordava crianças e outros adolescentes nas redes sociais, criando um vínculo para convencê-los a enviar “selfies” em poses sensuais.
Em seguida, ele vendia ou trocava essas fotos com outros criminosos, na “deep web”. Ele é suspeito de ter feito isso com cerca de 2000 crianças e adolescentes, atraindo a atenção de órgãos de inteligência de todo o território nacional.
A operação de Jales foi um desdobramento da Operação Black Dolphin, deflagrada pela Polícia Civil de Rio Preto, no final do ano passado, quando foram cumpridos, concomitantemente, 220 mandados de busca, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, tirando de circulação 56 pessoas envolvidas com pedofilia. Um dos alvos presos naquela operação, apontou uma comunidade na “deep web”, onde se veiculava diversas imagens e arquivos de pedofilia.