Com a polêmica sobre o aumento de até 78,56% no salário de servidores do Judiciário, aprovado recentemente pelo Senado, um assunto que virou pauta de conversas nas ruas de Fernandópolis em 2014, voltou à tona: o aumento salarial dos vereadores, aprovado na surdina em junho do ano passado, que concede reajuste de 60% nos vencimentos dos edis, passando dos atuais R$ 5 mil para R$ 8 mil a partir da próxima legislatura.
Dos 13 vereadores, apenas André Pessuto, Arnaldo Pussoli, Maurílio Saves e Valdir Pinheiro votaram contra. Com a aprovação do projeto e o arquivamento de todas as iniciativas do vereador Maurílio Saves de revogar os aumentos, o Legislativo fernandopolense terá que despender de mais de R$ 1.248.000,00 para honrar apenas os subsídios dos 13 vereadores, em 2017. Caso seja aprovado o projeto que aumenta o número de vagas na Câmara, de 13 para 15, – aprovado em primeira votação -, o montante saltaria para R$ 1.440.000,00.
Além disso, a população de Fernandópolis está revoltada com uma segunda polêmica: o recesso do meio do ano. Como o assunto é dado como encerrado nos bastidores do Palácio 22 de Maio, os vereadores deverão ter 41 dias de recesso em julho e 42 de fim de ano, totalizando 83 dias de “férias”, a partir de 2017. Um trabalhador comum, com registro em carteira, tem direito apenas a 30 dias de descanso por ano.
O vereador Chico Arouca disse ser contra o recesso. “Nunca vou aceitar esse recesso, não é justo com a população. Já temos muitas folgas, para que recesso? Quero colocar nos próximos dias, novamente o projeto antinepotismo e depois dele vou protocolar o projeto para acabar com isso”, afirmou em entrevista para um jornal da cidade.
Já a vereadora Neide Garcia se disse favorável aos dias de folga. “Sou favorável, pois mesmo estando de recesso, nunca deixamos de apreciar os projetos, temos as extraordinárias para isso. Porém, sou aberta a discussão, se quiserem mudar, para mim não fará tanta diferença”, finalizou.