A polêmica envolvendo a falta de varredores nas ruas que foi pauta de reuniões e de protestos em janeiro do ano passado, quando a empresa Proposta Ambiental era a responsável pela limpeza urbana e coleta de lixo durante a administração da ex-prefeita Nice Mistilides, também causa dores de cabeça ao prefeito Pedro Callado. Vereadores movimentaram a Sessão Ordinária da Câmara com duras críticas à nova empresa responsável pela varrição de ruas e avenidas, coleta de lixo e manutenção do Aterro Sanitário.
Os vereadores Gilberto Alexandre de Moraes (Gilbertão), Jesus Martins Batista, Luís Fernando Rosalino, Pérola Fonseca Cardoso e Júnior Rodrigues apresentaram Requerimento solicitando informações à Prefeitura sobre a falta de varrição ou varrição irregular das vias públicas em diversos bairros de Jales.
De acordo com o vereador Claudir Aranda, que usou a Tribuna da casa de leis para fazer uso da palavra, o serviço é garantido pela Lei nº 1.335, de 30 de setembro de 1983, mas não estão sendo bem executados na cidade. “A população nos cobra e é por isso que enviamos o requerimento questionando o prefeito Pedro Callado sobre o problema. Aqui nós somos a voz do povo e por isso precisamos fiscalizar, que é nosso dever, e cobrar soluções”.
Segundo os vereadores que assinaram o requerimento, o número de varredeiras é insuficiente para atender a demanda da cidade. “O Código Municipal, em seu artigo 37, dá direito ao contribuinte à limpeza das vias e logradouros públicos, uma vez paga a taxa de limpeza pública embutida no IPTU”. A taxa é comprovada através de discriminação específica contida nos carnês.
O chefe de gabinete do prefeito, Ivan Bertucci, procurado pela equipe de reportagem de A Tribuna, informou que antes mesmo de o requerimento ser enviado pelos vereadores, a Prefeitura já havia notificado a empresa catanduvense Macchione Projeto, Construção e Pavimentação Ltda, e cobrado providências com relação ao problema. A notificação, segundo ele, foi entregue no dia 25 de junho. “O contrato determina que sejam varridos 1800 km/mês e vamos pagar somente pelo serviço que realmente foi executado. Nossos fiscais acompanham diariamente e in loco os locais que foram varridos e, portanto, sabemos exatamente o que deixou de ser cumprido pela empresa responsável pelos serviços”.
Ivan ressaltou que mais importante que o número de funcionários é a qualidade do serviço prestado e o cumprimento do contrato que estipula a quantidade de quilômetros que devem ser varridos mensalmente. “A Macchione nos informou que vai contratar mais varredores para suprir a necessidade de uma cidade do porte de Jales. Estamos acompanhando tudo de perto”, finalizou o chefe de gabinete.