A tarde da terça-feira, dia 30, foi a mais fatídica desde que começou a pandemia em nossa cidade. Num intervalo de poucas horas foram registrados cinco óbitos na UPA Jales. Além disso, houve o registro de mais dois outros óbitos de jalesense, totalizando sete perdas somente naquele dia.
Na UPA foram vítimas da Covid-19 duas mulheres de Jales: uma de 70 e outra de 80 anos. Ambas estavam intubadas. Também faleceram um homem de 58 anos, de Santa Albertina, intubado, e uma mulher de 78 anos, moradora de Paranapuã, que estava na enfermaria.
Também faleceu na Unidade uma mulher de 87 anos, de Jales, com suspeita de Covid-19, mas os exames confirmaram a causa da morte somente no dia seguinte.
Além desses cinco, houve ainda o falecimento, na madrugada daquela terça-feira, de uma mulher de 65 anos que estava internada na Santa Casa de Jales, e de um homem de 46 anos, que estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São José do Rio Preto. Houve o registro, também na Unidade de Pronto Atendimento, um óbito de uma mulher de 87 anos.
Semana consternou a comunidade
A dramática semana enlutou a cidade. Três mortes tiveram grande repercussão. Dois policiais militares, um da ativa e outro aposentado. Na manhã de terça-feira, o cabo Reginaldo Dácia, morreu depois de ficar internado vários dias no Hospital Beneficência Portuguesa em Rio Preto. Muito conhecido e bem quisto, Dácia era uma pessoa de sorriso fácil e tranquilo, com muitos amigos, inclusive na Polícia Civil. Era primo do advogado Marcelo Dácia, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições.
No dia anterior, tinha morrido o tenente Luiz Fernando Fernandes, que estava internado na Santa Casa de Jales para o tratamento da doença, mas não resistiu. Ele era casado com a médica Jaqueline.
No começo da noite de quarta-feira, 31 de março, a Covid levou a vida do vendedor (representante comercial) Wagner Moraes, o Waguininho. Ele estava internado na Santa Casa de Jales. Waguininho era casado, tinha um filho, e faria 43 anos no próximo dia 28 de abril.
Corintiano de carteirinha, festeiro e com uma enorme lista de amigos, fã do grupo Raça Negra, Waguininho era um homem forte e saudável, sem comorbidades e não era fumante.
Depois que adoeceu, ele chegou a usar oxigênio em casa enquanto esperava vaga na UTI. Foi internado inicialmente na enfermaria. No seu perfil pessoal no Facebook, diversos amigos manifestaram pesar.