Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Unijales tem papel fundamental na Missão Univida 2023 

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Mais que uma ação solidária, a Missão Univida vem realizando um belíssimo trabalho desde sua fundação. Com o auxílio de professores e universitários, o caminhar permeia costurando a solidariedade, educação, aprendizado e humanização para quem se dedica a fazer o bem. Neste ano, nove alunos do Centro Universitário de Jales, acompanhados pelo professor Antônio Carlos Gonçalves, embarcaram na jornada, levando na bagagem conhecimento e força de vontade para as comunidades dos povos originários, situadas em Dourados, no Mato Grosso do Sul. 

Além dos dias que passaram 

Quem observa ao longe o trabalho dos envolvidos na missão, não imagina toda a preparação dentro e fora dos muros da instituição; o professor Silvio Luiz Lofego, diretor de Pesquisa e Extensão, área abrangida por projetos como a Univida, mobilizou discentes e docentes desde o início do ano letivo de 2023 para que houvessem arrecadações, que vinham desde alimentos não perecíveis à roupas e agasalhos, além de promover o encontro com o padre Eduardo Lima, idealizador e fundador da Missão, na Câmara Municipal de Jales, na noite de 29 de março, que explicou a funcionabilidade e trouxe temas importantes tanto sobre a ação em Dourados quanto outras realizadas por todo o território nacional aos alunos. 

Viagem 

Com saída marcada para o dia 14 de julho, da Escola Vocacional de Jales, o professor Antônio Carlos Gonçalves, coordenador do curso de Enfermagem, acompanhou suas pupilas Maria Eduarda Teixeira Tresso, do 1º semestre, ativista na ONG AVIDE e Nayana Cristina Prudêncio dos Santos, do 3º semestre, participando consecutivamente da missão pelo segundo ano.  

Biomedicina também esteve presente; Edilson Brito Hilário, do 5º semestre; Paulo Cesar de Oliveira; 1º ano e Maria Luiza Bizuti Lemos, do 3º semestre, atuante em projetos voluntários pelo Rotary fizeram parte da 12ª edição. A aluna Beatriz Natalin Bérgamo Silva representou muito bem o curso de Fisioterapia; em seu currículo já carrega experiências como voluntária na cidade de Campinas-SP, trabalhando com crianças em situação de vulnerabilidade. 

Os futuros bacharéis em Educação Física, Jean Carlos Vieira da Silva e Jhonatan Costa Ferreira reforçaram o time de voluntários do Unijales, com a participação de José Correia de Andrade Neto, do 3º ano de História. A estadia em Dourados durou sete dias. 

Experiência 

Quem participou, certamente levará para o resto da vida a vivência desta semana. Para o aluno Jhonatan Costa Ferreira, de Educação Física, a missão mostrou que, o que é considerado pouco por pessoas que não estão em situação de vulnerabilidade, para os povos originários do local é extremamente essencial. O que mais chamou a atenção do futuro bacharel foi a criatividade e a excelente coordenação motora deles. Jhonatan, amante do futebol, reconheceu a mesma paixão nos habitantes das comunidades e percebeu que o esporte para eles pode abrir muitas portas, desde o ingresso ao ensino superior até a atenção de clubes profissionais. 

Paulo, discente de Biomedicina, compreendeu que toda a mobilização vai além da prestação de serviços. “Levamos doações de alimentos, roupas e outros itens essenciais, mas também compaixão e solidariedade, que pareciam ser tão cruciais quanto contribuições materiais”, relatou o aluno. 

A futura enfermeira Maria Eduarda Tresso contou que, no final de cada dia de atendimento, a sensação de dever cumprido tornava-se impossível de ser descrita por meio de palavras. “Se soubéssemos o quanto o carinho salva, a atenção e o toque fortalecem, não estaríamos esquecendo que o amor e o cuidar são vitais”. 

Beatriz, que já participou de outros projetos missionários, relatou do aprendizado e da singularidade de cada experiência. “A gente aprende sobre o outro, sobre outra cultura com costumes diferentes, mas acima de tudo aprende muito sobre nós mesmos. Vivi dias de oportunidades, de ser melhor e poder dar o meu melhor para ajudar outra pessoa. Sou grata ao Unijales por ter aberto esta porta”. 

Encerrar o ensino superior tendo este contato incrível foi surreal, nas palavras de José Correia Neto, do último ano de História. Para ele, Dourados mostrou-se um lugar em que a felicidade estava nas pequenas coisas, principalmente vinda dos pequenos, “onde as crianças ficam felizes simplesmente com uma bolha de sabão, ou um balão colorido, e o que poderia ser um lugar triste e solitário, vemos almas felizes e companheiras”. José finalizou seu depoimento com as palavras atyma porã, que significam obrigado na linguagem dos povos originários. 

Para o professor Antônio, “a nossa Missão Univida não foi apenas uma experiência de vida ou simplesmente uma troca de cultura: vai muito além da humanização, solidariedade ou compaixão; um verdadeiro sentimento de amor ao próximo, vivenciados em cada olhar, uma troca de palavras ou um simples abraço eternizado em uma das fotografias me fez refletir o quanto podemos fazer o dia ser diferente; já como um profissional de saúde com mais de 20 anos vivenciados dentro de um hospital oncológico, pude sentir a satisfação de estar onde ninguém quer ir,  um olhar de gratidão trouxe a esperança de um futuro melhor para aquelas crianças atendidas, esperança essa que tenho de retornar à mais uma missão e continuar fazendo a diferença naquela comunidade. Só posso agradecer por ter tido esta experiência e fazer parte da missão Univida”, encerrou. 

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