Dados divulgados na semana passada pela Fundação Seade mostram que a taxa de mortalidade infantil cresceu assustadoramente em Jales, durante o ano de 2015, chegando quase ao dobro da taxa registrada em 2014. A taxa de mortalidade de 20,7 registrada no ano passado é a maior alcançada por Jales nos últimos sete anos e a maior também entre as principais cidades que integram a Diretoria Regional de Saúde de São José do Rio Preto, a DRS-15.
De acordo com os números da Seade, Jales registrou 532 nascimentos em 2015, dos quais 11 foram a óbito. Isso significa que a taxa de mortalidade de Jales é de 20,7 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos. A quantidade de óbitos infantis verificados em Jales – 11 – é igual ao registrado em Catanduva, mas a diferença é que naquele município foram contabilizados 1.408 nascimentos. O número de óbitos infantis de Jales só é menor – na região – que a quantidade registrada em São José do Rio Preto, onde ocorreram 39 óbitos. Em Rio Preto, porém, a taxa de mortalidade foi de apenas 6,9, uma vez que a cidade contabilizou 5.677 nascimentos durante 2015.
Entre as principais cidades da nossa região, os melhores resultados foram obtidos por Fernandópolis, onde ocorreram apenas 03 óbitos infantis em um universo de 879 nascimentos, o que significa uma taxa de mortalidade de 3,4. Em Votuporanga, foram registrados 1.135 nascimentos e 06 óbitos, o que resulta em uma taxa de mortalidade de 5,3, enquanto em Santa Fé do Sul a taxa chegou a 11,4, resultado de 05 óbitos para 439 nascimentos. Em Mirassol, foram contabilizados 765 nascimentos e 06 óbitos, resultando em uma taxa de 7,8 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos.
A taxa de mortalidade obtida por Jales em 2015 ficou bem acima da média de 8,4 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos, registrada pela DRS-Rio Preto, que abrange 102 municípios. A média da DRS-Rio Preto foi a menor entre as 17 diretorias paulistas. No Estado de São Paulo, foram registrados 632.407 nascidos vivos e 6.743 óbitos infantis, resultando em uma taxa de mortalidade de 10,7, ou a metade da taxa registrada por Jales.
O mau resultado obtido por Jales se torna mais surpreendente e inesperado quando comparado com as taxas de anos anteriores. Em 2009, quando o índice começou a ser divulgado pela Fundação Seade, a taxa de mortalidade verificada em Jales foi de 15,8 óbitos para cada 1.000 nascimentos. Em 2010, a taxa caiu para 11,5 e, em 2011, caiu um pouco mais, chegando a 7,8. Em 2012, o índice subiu para 9,6, mas, no ano seguinte, 2013, voltou a cair para 7,6. Em 2014, o índice de Jales medido pela Seade foi de 11,3 e, finalmente, em 2015, chegou aos 20,7 óbitos por 1.000 nascidos vivos.