Preocupada com o grande volume de chuva que caiu sobre Jales nas últimas semanas e que ainda está previsto para cair nos próximos meses, especialmente com a chegada do verão, a Prefeitura de Jales tem realizado manutenção preventiva e preparatória nos bueiros, bocas de lobo e galerias de águas pluviais da cidade, principalmente na área central que é mais impermeabilizada e tem poucas áreas de escape naturais.
Dezenas de bocas de lobo já foram desentupidas por uma empresa contratada pela prefeitura e muitas outras ainda estão no cronograma para serem desentupidas em breve,numa ação praticamente inédita e que ataca diretamente o problema.
Durante esse serviço, tanto funcionários da empresa quanto da prefeitura encontraram muito lixo e materiais tão estranhos que se surpreenderam.
Havia panelas, garrafas de vidro, calças jeans e roupas em geral, e muitas garrafas pet jogadas dentro das bocas de lobo. Todo esse material obstruía as passagens da água da chuva que, sem ter como escoar, acaba alagando ruas e avenidas, e invadindo casas e estabelecimentos.
RUBIÃO MEIRA
Uma das situações mais graves foi registrada na rua Professor Rubião Meira nos arredores das ruas Maranhão, Ceará, Guanabara e Rio de Janeiro, nas proximidades do acesso ao viaduto Dr Sebastião Biazi, inaugurado há pouco tempo.
Foi a primeira vez que aquele trecho registrou alagamentos naquela proporção e isso chamou a atenção da Secretaria de Obras e da Defesa Civil, que estiveram no local ainda durante a chuva que desabou na tarde e noite de sábado, dia 16. Rapidamente, suspeitaram que o problema tinha relação com o viaduto Delegado Sebastião Biazi e as obras de arte em seu entorno.
Qual não foi a surpresa dos trabalhadores ao verificar o que estava acontecendo na tubulação que passa sob a rua Maranhão. O tubo, que tem uma capacidade adequada para comportar a vasão da água, estava obstruído por sofá, pneu e até o banco de um carro, além de outros detritos que dificilmente são levados até lá sem a ação humana. O material estranho bloqueou a passagem da água e represou também outros detritos menores. Sem ter para onde escoar, a água ultrapassou o nível da linha férrea e foi alagar a rua professor Rubião Meira, causando um enorme transtorno.
Para o secretário Manoel Andreo de Aro, ficou comprovado que o entupimento daquela tubulação foi a causa do alagamento na via porque depois que a tubulação foi desobstruída não aconteceram novos alagamentos, nem mesmo na quinta-feira, 21, quando voltou a chover forte sobre a cidade naquela região da cidade.
Segundo dados oficiais, no sábado, o índice pluviométrico foi de 62 mm e na quinta, dia 21, o índice foi de 44 mm. Depois da limpeza feita do sábado, as equipes ficaram de prontidão no local durante a chuva de quinta-feira e comprovaram o bom funcionamento do dispositivo, que já estava desentupido.
“Um importante dispositivo que conta com uma vazão muito grande de água estava obstruído por pneus, sofá, galhos de árvores que não são resultado de uma simples falta de manutenção preventiva. Tinha realmente uma quantidade expressiva de produtos estranhos. Tinha um sofá tampando praticamente todo o canal. Entendemos que essa situação teve uma contribuição significativa no entupimento do dispositivo e no consequente problema que vimos naquele dia. A canaleta transbordou e a água foi para a Rubião Meira, que já é um ponto de convergência das águas naquela região da cidade”.
BOCAS DE LOBO
A desobstrução e limpeza de algumas dessas bocas de lobo têm sido realizadas de forma convencional, por meio da remoção das tampas de proteção dos bueiros e do uso de caminhões de hidrojateamento. Porém, em determinados casos, a remoção total dos resíduos não é alcançada com essas técnicas, exigindo uma abordagem mais aprofundada, que inclui a abertura do pavimento asfáltico para permitir o acesso direto às tubulações subterrâneas.
RECLAMAÇÕES
A Secretaria de Obras reforçou que a colaboração da comunidade na destinação correta dos resíduos é essencial para evitar novas obstruções e assegurar o funcionamento eficiente do sistema de drenagem urbana. Reclamações e denúncias podem ser feitas por meio da Ouvidoria do município, um importante instrumento de comunicação e participação do cidadão no aperfeiçoamento dos serviços públicos. A Ouvidoria pode ser acessada pelo site https://www.jales.sp.gov.br/ouvidoria. pelo telefone (17) 3622-3000 ou WhatsApp (17) 997416482.
Sofá, banco de carro, pneu, roupa e até panelas. Prefeitura encontra de tudo nos bueiros
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