Sistema de monitoramento deve estar em operação até o aniversário da cidade

O novo sistema de monitoramento que está sendo implantado pela Prefeitura de Jales em vias, escolas e praças deve estar funcionando até o aniversário da cidade, em 15 de abril. A previsão é da diretora do Departamento de Mobilidade Urbana, da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, Beatriz Renesto Faile. Mas ela faz algumas ressalvas: trata-se de uma pretensão que pode não se concretizar, uma vez que a instalação depende de fatores externos, como o clima e até as condições da instalação elétrica nos locais onde serão instalados. “Daqui a um mês ou um mês e pouquinho, e a gente não consegue dizer exatamente uma data porque ocorrem imprevistos como o climatempo e várias outras coisas, mas a gente está correndo contra o tempo e acredita que até o final do próximo mês a gente já está com todas as câmeras ativadas”.
O prazo aproximado tem relação direta com a realização das festividades de aniversário da cidade e com a exposição, que movimentam milhares de pessoas na segunda semana de abril.
A instalação das bases onde serão afixados os equipamentos começou na sexta-feira, dia 15 de março, e na segunda, dia 18 (quando conversamos com a diretora), 5 pontos bases já tinham sido instaladas e a previsão era que até este fim de semana, todas as 20 bases tenham sido concluídas.
No total serão instalados 20 postos de monitoramento em locais estrategicamente escolhidos do perímetro urbano da cidade. O jornal apurou que o cruzamento das avenidas Francisco Jalles e João Amadeu deve receber um ponto. O portal da entrada da cidade deve receber outro. A Avenida Paulo Marcondes pode receber dois pontos, uma próximo ao recinto da exposição e outro perto do Bosque Municipal. “A gente vai ter 20 pontos no total, sendo 10 escolares e 10 pontos urbanos no perímetro urbano, entrada e saídas da cidade, praças públicas, exposição, portal da cidade, então esses pontos que são mais movimentados. A intenção é fiscalizar de forma geral, não só placas de veículos nem só o público. Também vai ter um botão de emergência dentro desses postos, que pode ficar aberto ao público e poder ser acionando quando estiver acontecendo alguma coisa errada ou quiser informar alguma coisa para a central de monitoramento. Qualquer pessoa pode clicar nesse botão e a gente já vai ter uma câmera que vai ser focada na pessoa para ela passar maiores informações para a central, e aí a central vê se realmente é uma ocorrência que já precisa de uma viatura imediata ou se não precisa para ser melhor verificada”.
As torres dos chamados Postos Eletrônicos de Segurança Urbana e Escolar contém um sistema de Repressão, Monitoramento e Atendimento às Emergências terão quatro câmeras voltadas para os quatro pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) e uma superior que vai monitorar em 360º ao redor. Além de permitir a reprodução de mensagens de áudio programadas (campanhas e avisos) através de alto-falantes, com sistema de luz colorida e luz intermitente por LED.
OS locais de instalação foram definidos através dos registros da própria Secretaria de Mobilidade Urbana e Segurança Pública, levantando os pontos com mais ocorrência.
Os pontos terão aproximadamente quatro metros de altura e uma visibilidade de, pelo menos, dois três quarteirões. Além da câmera com um zoom bastante potente e que poderá ser acionado pelo operador para aproximar a imagem do alvo e analisar com mais clareza uma possível ocorrência, as características de um suspeito ou até o número de uma placa de veículo.
O Centro Integrado de Controle e Comando (CICC), será instalado na sede da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, na Rua Seis, no Centro de Jales. Inicialmente o monitoramento deve ser operado por policiais militares através da Atividade Delegada. “A gente vai ter realmente a implantação da Guarda Civil Municipal a partir de 2025, então atualmente a gente está vendo os outros contratos que a gente tem com a Atividade Delegada para tentar encaixar a fiscalização também. Mas o que a gente garante para a população é que isso vai ser monitorado de uma forma muito correta e muito dentro da legalidade”.
A central de monitoramento vai funcionar durante 24 horas por dia,com dois ou três operadores e o material gravado poderá ser disponibilizado para as forças de segurança e para os órgãos da justiça para auxiliar no esclarecimento de ocorrências.
Bia Faile ressalva que não se trata de bisbilhotar a população, mas para monitoramento exclusivamente de questões de segurança pública, como acidentes de trânsito, com e sem vítima, delitos como furto e roubo, chegada e saída de indivíduos e veículos suspeitos. “A gente espera que a população abrace essa questão, que visa realmente a segurança de cada um e da população de forma geral, então a gente não está querendo colocar um sistema de monitoramento para prejudicar ninguém. Muito pelo contrário. A gente está querendo colocar um sistema de monitoramento que é um pedido de várias administrações anteriores e que a gente está conseguindo implantar agora, e tirar do papel para justamente priorizar a segurança. Eu acho que é uma coisa que todo mundo sempre esperou que todo mundo sempre quis”.
Apesar do avanço que a instalação do sistema significa, a administração não descarta ampliar o número de pontos de monitoramento. Isso, contudo, vai depender do desempenho.
“Conforme a gente for acompanhando o monitoramento em si a gente vai ter um estudo diário para ver se realmente está surtido o efeito para o município, a gente vai vendo na prática mesmo”, disse.