Em reunião realizada no fim da manhã de quarta-feira, 24 de janeiro, a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jales e Região (SSPMJR) concluiu as negociações para o acordo coletivo dos trabalhadores do Município de Jales. Os índices foram apresentados pessoalmente pelo prefeito Luís Henrique na sede do Sindicato.
Conforme o resultado das negociações, os salários dos servidores públicos municipais de Jales serão reajustados em 5%, índice acima da inflação medida pelo IPCA (índice oficial de inflação) que encerrou 2023 com alta de 4,62%.
O presidente do Sindicato, José Luis Francisco, enalteceu a disposição do prefeito para o diálogo e a sua compreensão em relação à necessidade de recuperação das perdas salariais do funcionalismo. “Foi a terceira reunião que tivemos com o prefeito este ano para discutir os índices do reajuste salarial. Em todas ele fez questão de vir aqui na sede do Sindicato. Isso mostra que ele é uma pessoa de diálogo e que sabe ouvir o outro lado”.
José Luis lamentou o fato de a legislação eleitoral impedir o Município de conceder um índice muito acima do que foi concedido em anos anteriores. “Infelizmente, o Município está de mãos atadas nessa situação e não pode conceder um índice que possa causar alguma situação de improbidade. Ainda assim, o índice conquistado pelo nosso Sindicato para os servidores de Jales foi bastante satisfatório”.
Mas comemorou o aumento real do valor da cesta básica de alimentos que subiu 20% e chegou a R$ 660,00. “É um valor extremamente significativo se comparado ao Salário Mínimo, principalmente porque boa parte dos nossos aposentados e pensionista recebem Salário Mínimo e precisam gastar boa parte disso em alimentação”.
O presidente da Câmara de Jales, Ricardo Gouveia, convocou uma Sessão Extraordinária para votar o projeto de lei que autoriza o reajuste ainda na noite de sexta-feira. Porém, este texto foi concluído antes disso e não foi possível saber o resultado.
REGIÃO
Na maioria dos 26 municípios onde o Sindicato representa os servidores municipais, os reajustes também ficaram acima da inflação ou, no mínimo, equipararam o percentual das perdas do ano passado.
Em Santa Fé do Sul, Município e Sindicato fecharam acordo para um reajuste de 5% nos salários e 10% na cesta, que atinge o patamar de R$ 550,00. O novo valor deve ser pago de forma retroativa a 1° de janeiro. O projeto autorizando o reajuste seria votado na noite de quinta-feira, 25.
PONTALINDA
Na noite de terça-feira, 23, com grande presença de servidores na Câmara Municipal de Pontalinda, o Sindicato conquistou 10% de correção da Cesta Básica, elevando o benefício para R$ 550,00.
Além disso, o prefeito Sisínio de Oliveira apresentou um projeto de reestruturação administrativa no município para corrigir a situação salarial dos servidores. “Pontalinda tem um dos menores salários entre todos os 26 municípios que representamos, se não for o menor. Para se ter uma ideia, o piso salarial, em alguns casos, era menor que o Salário Mínimo, mas estamos trabalhando para corrigir essa injustiça”.
O prefeito Sisínio não pôde comparecer porque precisou ir até a capital cumprir um compromisso inadiável om o Governo Estadual. Estavam presentes o presidente da Câmara, Jadson Junior Santana Barbosa, e os vereadores Claudemir José Pagani, João de Oliveira Souza, Fernando Donizeth Franca, além das conselheiras do Instituto de Previdência, a presidente do Conselho e a Superintendente.
EXCEÇÃO
Em praticamente todos os municípios as negociações chegaram a um bom termo, garantindo pelo menos a reposição de 4,67% da inflação. Exceção a Paranapuã e Dolcinópolis, onde o Sindicato já está mobilizando o funcionalismo para exigir os seus direitos. Não estão descartadas sequer novas paralisações, como a que foi feita no mandato anterior. “Eu quero deixar um alerta para os prefeitos de Paranapuã, que mencionam 3,15%. Por enquanto, não nos chegou nada de forma oficial, mas se isso se formalizar, vamos convocar os servidores e não descartamos nem uma paralisação. O que eles decidirem vamos fazer, porque não vamos aceitar esse índice. Dolcinópolis, eu quero deixar claro que há rumores de que pode não haver resposição salarial. Se isso acontecer, iremos convocar uma assembleia e o que os servidores decidirem, estaremos dispostos a cumprir. La ficamos 21 dias em greve e infelizmente, boa parte do pessoal não é sindicalizado. Não vamos permitir que os servidores sejam prejudicados. Que seja pelo menos o índice do IPCA de 4,62%. O ideal seria 5% e mais uma correção digna na cesta básica”.