Sábado, Novembro 23, 2024

Santa Casa Fernandópolis se torna a primeira do Estado de São Paulo e a segunda do Brasil a ter recuperação judicial homologada pela justiça

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Na manhã desta sexta-feira, 14, a Santa Casa de Fernandópolis realizou uma coletiva de imprensa para anunciar uma decisão histórica. O juiz da 3ª Vara Cível daquela cidade, Renato Soares de Melo Filho, homologou, na tarde do dia anterior, o pedido de recuperação judicial realizado pela instituição.

A obtenção da recuperação judicial pelo hospital é um marco no campo da saúde e filantropia, pois normalmente essa medida é adotada por empresas privadas com problemas financeiros. Ao conquistar essa decisão, a Santa Casa se torna a primeira no Estado de São Paulo e a segunda no Brasil a obter a recuperação judicial. A medida traz benefícios importantes, como a supervisão judicial dos dados financeiros da Santa Casa, o que garante maior transparência e controle na administração dos recursos.

Durante a coletiva, o provedor, Marcus Chaer, destacou que outras Santas Casas e hospitais filantrópicos enfrentam situações semelhantes em todo o país. Isso demonstra que a situação enfrentada pela Santa Casa de Fernandópolis não é única, e a recuperação judicial é mais uma ferramenta utilizada para enfrentar desafios financeiros.

Chaer destacou que a conquista da recuperação judicial apresenta uma série de benefícios para a instituição, como a oportunidade de reestruturar suas dívidas, diminuir os encargos financeiros, interromper, temporariamente, os bloqueios judiciais e estender os prazos para pagamentos. Essas medidas, segundo o provedor, vão contribuir para aliviar a pressão econômica e poderão assegurar a estabilidade da Santa Casa, permitindo que ela prossiga com suas operações e continue fornecendo serviços essenciais à população. “Com a decisão favorável da recuperação judicial, a Santa Casa de Fernandópolis trilha um caminho importante para a superação de suas dificuldades financeiras e para o fortalecimento de sua missão como referência em atendimento médico-hospitalar na região”, afirma.

Nos próximos meses, a Santa Casa concentrará seus esforços na elaboração de um plano de recuperação detalhado, para reestruturar suas finanças e garantir sua sustentabilidade a longo prazo.

Na quinta-feira, 6, o provedor do hospital, Marcus Chaer, apresentou para o gestor da pasta da Secretaria de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, a versão final do plano de viabilidade financeira desenvolvido pela instituição. O documento foi idealizado em meados de março e já foi previamente apresentado ao diretor do Departamento Regional de Saúde de São José do Rio Preto, Guilherme Camargo Pinto.

Na última reunião com a liderança do hospital, o provedor expressou otimismo em relação à aprovação do plano pelo governo. Chaer destacou que a estreita colaboração com o gestor do DRS foi crucial para o progresso das negociações e ajustes do plano. “A conquista que alcançamos representa um momento histórico para nossa instituição, fruto de uma colaboração entre diversas áreas estratégicas do hospital. É com grande gratidão que reconheço o apoio do Departamento Regional de Saúde (DRS), representado pelo dr. Guilherme, que dedicou todos os esforços possíveis para nos auxiliar na elaboração deste importante documento. A saúde é um tema que requer a união de múltiplas mãos, pois apenas através do trabalho coletivo é possível alcançar resultados significativos.”

Estivem presentes o prefeito de Fernandópolis, André Pessuto, o secretário municipal de Saúde, Ivan Veronesi, os vereadores Cidinho do Paraíso, Jeferson da FEF, Daniel Arroio, Pastorzão, representando a Câmara Municipal. O diretor jurídico da Santa Casa, Fernando Lucas e o diretor do IAcor, dr. Rodrigo Araújo, representaram o complexo hospitalar.

PLANO DE VIABILIDADE

Dividido em três áreas, o plano abrange ações para a gestão empresarial do hospital, através da implementação e melhoria de processos. Além disso, o documento apresenta medidas para a redução do endividamento, o equilíbrio do déficit operacional e a maximização do faturamento. Por fim, há uma ênfase na criação de fluxos operacionais para otimização de recursos e expansão das metas estabelecidas.

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