Quatro funcionários da Caixa, inclusive o ex-superintendente da unidade de São José do Rio Preto, Clayton Rosa Carneiro foram denunciados criminalmente na Justiça Federal de Jales, acusados de formação de quadrilha ou bando. O pedido contra os servidores foi feito pela Procuradoria da República.
Segundo a acusação, os quatro acusados teriam ligações com as empresas da Máfia do Asfalto, operação deflagrada pela Polícia Federal que investiga fraudes em licitações de obras na região. A operação incluiu nomes como os irmãos Scamatti, de Votuporanga e o ex-prefeito de Jales, Humberto Parini, entre outras dezenas de envolvidos. No despacho de Justiça não há detalhes sobre as irregularidades apontadas pelo Ministério Público Federal. A apuração é resultado da Operação Fratelli, deflagrada em abril de 2013.
Na época, procuradores afirmaram que havia irregularidades em liberação de recursos da Caixa e até que funcionários teriam recebido presentes de empreiteiras que estavam no esquema.
O gerente do segmento de governos da Caixa, Carlos Augusto Figueiredo Bronca, que mora em Catanduva, Wagner Pereira (que atua no ramo de construção civil) e também Edilmilson Rodrigues, que já foi gerente em Bauru também foram acusados. A Caixa confirmou que os quatro atuam no banco, porém não forneceu detalhes sobre cada um, especificamente. Clayton e Wagner moram em Rio Preto, segundo a Justiça.
Os acusados têm dez dias para contestar a denúncia. A lei prevê reclusão de até três anos em caso de condenação. Olívio Scamatti, acusado de encabeçar a Máfia do Asfalto também faz parte desse processo, que tramita em Jales. O inquérito sobre o caso foi conduzido pela Polícia Federal de Jales.