A Sessão Ordinária realizada do dia 13, realizada no Plenário “Pres. Tancredo Neves”, da Câmara Municipal de Jales, foi marcada pela discussão, votação e aprovação de um Projeto de Resolução, um Projeto de Lei Complementar e dez Projetos de Lei, mas também pelo uso da Tribuna Livre, onde o provedor da Santa Casa de Jales, Junior Ferreira, expos a situação financeira da instituição e solicitou uma parceria com os vereadores da cidade.
O provedor apresentou números de atendimento, custeios e as despesas da instituição nos últimos dois anos. “Em algumas localidades, a Santa Casa não existe mais, queremos tirar a nossa da enfermaria”, disse Junior. Segundo ele, em 2016 foram realizados cerca de 60 mil atendimentos a pacientes dos 16 municípios referenciados ao hospital, além de outras cidades e estados. “É como se mais de 60% da região tivesse realizado ao menos um atendimento na Santa Casa de Jales”, ressaltou.
De acordo com Junior Ferreira, para que a Santa Casa de Jales não chegue na “UTI” como vem acontecendo com outras instituições, o provedor apresentou plano de ações e pediu a colaboração dos vereadores. Os custos da Santa Casa ultrapassam R$ 2,4 milhões mensais e o déficit chega a quase R$ 150 mil.
“Não podemos esperar o nosso hospital ficar numa situação ainda pior, precisamos unir forças para mantermos a qualidade no atendimento e prestar um serviço de excelência. Precisamos do apoio da população e dos vereadores nas ações de captação e reforços nos pedidos aos deputados”, esclareceu Junior.
Os vereadores fizeram uso da palavra e propuseram algumas medidas para arrecadação de fundos, e também se comprometeram a buscar apoio de deputados para auxiliar na obtenção de verba para o hospital.
Santa Fé
A preocupação do provedor Junior Ferreira não pode ser desprezada por autoridades da cidade. Um exemplo de crise que atinge Santas Casas em todo o Brasil aconteceu na vizinha Santa Fé do Sul. No último dia 8, a provedoria do hospital divulgou cortes no quadro de funcionários. O provedor José Biscassi desmentiu que seriam 30, como havia sido divulgado por alguns veículos de comunicação da cidade, mas admitiu que “é demitir ou fechar as portas”.
Um site de notícias de Santa Fé noticiou que, segundo a direção do hospital, “medidas de emergência serão tomadas o mais breve possível”. O site diz ainda que, de acordo com informações extraoficiais, os critérios que serão adotados pela direção do hospital para as demissões incluem funcionários com advertência, aposentados e aqueles com dois empregos.