Contrário à proibição sugerida pelo projeto 03/2015, o vereador Luiz Fernando Rosalino (PT) pediu vistas (adiamento) da votação para fazer ajustes no texto. “Proibição é uma questão delicada. A lavagem do seu alpendre, da calçada é de extrema importância para a saúde pública. Em Jales, nós não estamos nem perto de um racionamento. Logo, não há justificativa para a proibição. Obviamente, precisamos é de ações de reeducação da utilização da água”.
A proposta é de autoria do presidente da Câmara, Nivaldo Batista, o Tiquinho (DEM) e proíbe a lavagem de calçadas e veículos estacionados em logradouros públicos com água tratada e fornecida por meio da rede que abastece o município de Jales. O projeto foi tema de matéria na edição de 5 de abril do jornal A Tribuna.
O petista ressalvou que a discussão do consumo de água deve ser feita em Jales, assim como já acontece em várias partes do planeta e sugeriu que o Plano Diretor inclua ferramentas para melhorar o reuso. Mas impedir a dona de casa de lavar a sua própria calçada “uma vez a cada 15 dias” seria uma atitude radical demais.
“Como esse projeto, temos uma grande oportunidade de fazer uma ampla discussão sobre a educação ambiental. É uma discussão que está em voga, mas proíbe é um pouco demais. Temos que ouvir a Sabesp e a população para chegarmos a um consenso”, disse.
Além disso, Rosalino questionou a forma de fiscalização. “Quem vai fiscalizar isso? Vai ser daquelas leis que a gente vai engavetar e já era? Nós não conseguimos fiscalizar nem os ambulantes que invadem a cidade nos finais de semana. Não conseguimos fiscalizar obras. Quem, então, vai fiscalizar a dona de casa que está lavando a sua calçada?”.