O presidente da Associação dos Feirantes de Jales, José Carlos Albaneze, rebateu críticas – divulgadas na internet – feitas por um frequentador da Feira do Produtor que acontece no recinto do Comboio, todas as quartas-feiras e sábados. Entre outras coisas, o consumidor lembrou que os produtores não pagam nenhum tipo de imposto, o que deveria proporcionar preços mais acessíveis, fato que, segundo ele, não acontece. “Só para exemplificar, um maço de alface estava sendo comercializado, há algumas semanas, pelo valor único de R$ 5,00 em todas as bancas, indicando que alguém prepara listas com o valor a ser cobrado, enquanto nos principais mercados da cidade, que pagam impostos, luz, água, telefone, etc, o preço era menor”, criticou o consumidor.
Para Albaneze, a crítica não tem fundamento. “Os preços dos produtos comercializados na feira são definidos pelos próprios feirantes. No exemplo mencionado – do alface – os consumidores vão encontrar o produto a preços que variam de R$ 3,00 a R$ 5,00, dependendo da qualidade do produto. Vale lembrar que, em sua maioria, os maços possuem 04, 05 e até 06 pés, diferentemente dos mercados, onde os maços possuem, no máximo, 03 pés de alface”, explicou o presidente da Associação dos Feirantes. Ele explicou, também, que o objetivo da Feira do Produtor não é concorrer com os mercados, mas dar oportunidade para que os pequenos produtores comercializem seus produtos.
Ele rebateu, ainda, outra crítica do consumidor, que questionou a aplicação dos recursos recebidos pela Associação dos Feirantes. “O local é administrado por uma Associação que cobra taxas de todos os que lá colocam uma banca e não se tem notícias do que é feito com esses recursos”, argumentou o consumidor, que não se identificou. Albaneze explicou que “as contribuições dos feirantes são investidas em benefício deles próprios. Nós pagamos, por exemplo, um segurança para cuidar dos veículos dos feirantes, que ficam estacionados em um local mais distante a fim de deixar o estacionamento do Comboio exclusivamente para os consumidores”.
O presidente continuou explicando: “Nós temos uma pessoa paga pela Associação para limpar os banheiros e o espaço do Comboio, com todo o material por nossa conta. Temos também um contador para cuidar da contabilidade da Associação. Investimos em propaganda nas emissoras de rádio, que ajuda a divulgar a Feira, etc”. Albaneze informou, ainda, que a única verba recebida para melhoria do espaço foi fruto de uma emenda do deputado Carlão Pignatari, de 2013, no valor de R$ 100 mil. “Esses recursos foram administrados pela Prefeitura, que contratou, através de um processo licitatório, uma empresa para executar algumas reformas no recinto, uma vez que ele pertence à municipalidade”, concluiu.