O prefeito Pedro Callado reuniu-se na quinta-feira, 24, com o prefeito e o vice eleitos – Flávio Prandi Franco e José Devanir Rodrigues – e com o presidente da Associação dos Deficientes Físicos da Região de Jales (Aderj), Anísio Martins Moreira Filho, quando discutiram a possibilidade de solicitar à Justiça a suspensão do leilão da sede da entidade, marcado para a próxima terça-feira, 29.
A sede da Aderj está sendo leiloada para o pagamento de dívidas trabalhistas e de honorários advocatícios. Procurado pelo jornal A Tribuna, o presidente Anísio não soube precisar o valor das dívidas trabalhistas. Já o processo em que um advogado está cobrando os serviços prestados à entidade indica que o valor da dívida com honorários advocatícios era de R$ 133 mil, em janeiro deste ano. Avaliado em cerca de R$ 2,2 milhões, a sede da Aderj já foi a leilão pela primeira vez em 16 de novembro, mas não apareceram interessados no imóvel.
No segundo leilão, se vier a ser realizado, o imóvel poderá ser vendido por, no mínimo, 60% do valor da avaliação, ou cerca de R$ 1,3 milhão. Callado e Flá irão tentar suspender o leilão para evitar que o imóvel seja vendido por preço abaixo da avaliação, uma vez que a Aderj tem dívidas também com a Prefeitura.
“A Aderj já foi condenada pelo Tribunal de Contas a devolver cerca de R$ 900 mil à Prefeitura. A ideia é lotear um terreno anexo à entidade, que daria seis lotes os quais, se vendidos, seriam suficientes para pagar as dívidas trabalhistas e os honorários advocatícios. A sede, propriamente dita, seria, então, entregue à Prefeitura para pagamento da dívida com o município. O Anisinho está concordando com isso e ficou até feliz, pois a sede da entidade poderá continuar sendo útil à comunidade, caso seja assumida pela Prefeitura”.
Anísio confirmou as tratativas e reafirmou que, realmente, ficaria feliz se conseguir fechar um acordo como proposto pelo prefeito Callado. “Vocês sabem que o meu objetivo, desde que fundamos a Aderj, sempre foi prestar serviços à comunidade. Então, eu ficaria muito mais satisfeito se a nossa sede ficasse com a Prefeitura, ao invés de ser vendida a um particular”, concluiu Anísio.