Quarta-feira, Janeiro 22, 2025

Prefeitura de Jales prepara mutirão multi-secretarias para combater a dengue

Date:

Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde informa que Jales tem 6 casos prováveis de dengue e um óbito em investigação. Secretaria de Saúde diz que foram 33 notificações e 5 casos confirmados

Uma reunião com integrantes de várias secretarias municipais na manhã de sexta-feira, 2 de fevereiro, na Casa do Poeta, debateu a necessidade de realizar um mutirão para recolher material inservível que possa servir de criadouro do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Devem participar da mobilização pelo menos as secretarias de Saúde; Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Meio Ambiente; Obras, Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano; e Comunicação.  

Segundo a secretária de Saúde, Nilva Gomes Rodrigues de Souza, além do mutirão, a Prefeitura está mobilizando todas os profissionais e reiterou para as Unidades de Saúde a necessidade de redobrar a atenção para os casos suspeitos. “É preciso pensar dengue sempre”.

“Estamos preparando um grande arrastão. Estamos apenas finalizando a pesquisa do índice larvário por bairro para definir por onde começamos o arrastão”, disse. 

Na quarta e quinta feira, o infectologista do município, Maurício Kenzo, se reuniu com profissionais da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), especialmente de enfermagem, e com as Unidades de Saúde para reforçar as orientações. É para a UPA que vão os casos que se agravam no fim de semana e em horário fora do expediente.

Além disso, a Secretaria de Saúde está reforçando os estoques de material para atendimento, como soro para hidratação, que é considerado fundamental para recuperação do paciente.

“Estamos preparando um plano para a UPA e as unidades de saúde. A projeção é que os casos aumentem nos próximos meses”, pontuou.

A situação é de alerta. Números da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de de Estado da Saúde mostram que Jales teve seis casos de dengue e um óbito nas quatro primeiras semanas de 2024. Um óbito está sendo investigado. A Secretaria Municipal de Saúde conta 33 notificações de dengue e 5 casos confirmados. Não há casos de zika ou chikungunya no município, por enquanto.

Na região, a situação é um pouco mais preocupante. Em Votuporanga, o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde, divulgado na segunda-feira, 29, informou que a cidade já tinha registrado até aquela data 122 casos positivos de Dengue (sendo 6 do tipo DENV3) e um óbito (uma mulher, 71 anos). Além disso, outros 497 casos estão sob investigação.

Votuporanga também contabiliza um caso positivo de Chikungunya e quatro aguardam resultado de exames.

A Secretaria da Saúde de Votuporanga ofereceu, nesta semana um treinamento sobre dengue grave e outras arboviroses, como Chikungunya e Zika, para médicos, enfermeiros e residentes que atuam na rede pública de saúde com o médico Benedito Antônio Lopes da Fonseca, que atualmente é professor associado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP); e com a médica Silvia Nunes Szente Fonseca, pediatra com residência pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Em Fernandópolis, a prefeitura não divulga dados atualizados nem sobre o índice larvário nem sobre os casos de doenças causados pelo mosquito. Porém, o boletim do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde revela que a cidade registrou 33 casos prováveis de dengue até o dia 31 de janeiro.

Estado de São Paulo teve sete mortes em três semanas

A dengue matou sete pessoas no estado de São Paulo até o dia 20 de janeiro, de acordo com os dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo. Há um caso registrado no município de Bebedouro, um em Jacareí e dois em Pindamonhangaba. Além dos quatro óbitos reportados pelo CVE, as cidades de Bebedouro, Jacareí e Dois Córregos confirmaram a morte de mais três pessoas infectadas pelo vírus. Entretanto, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, diz que esses casos ainda não aparecem no balanço porque devem entrar na atualização que inclui a próxima semana epidemiológica.

Segundo o Ministério da Saúde, em São Paulo, neste ano, foram registrados 39.034 casos prováveis de dengue. No mesmo período de 2023 foram 8.466 casos e oito mortes registradas.

Ainda de acordo com a pasta, até o momento, o Brasil registrou 243.721 casos prováveis de dengue, sendo 52.069 casos na semana epidemiológica 1 (31/12 a 6/1), 63.995 na semana 2 (7 a 13/1), 79.872 casos prováveis de dengue na semana 3 (14 a 20/1) e 47.785 casos na semana epidemiológica 4 (21 a 27/4). Os dados são do painel de atualização de casos de arboviroses do Ministério da Saúde.

A incidência é de 107,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto a taxa de letalidade está em 0,9%. No balanço anterior, que englobava as três primeiras semanas de 2024, o país registrava 12 mortes e 120.874 casos prováveis da doença. Havia ainda 85 óbitos em investigação.

PREVISÃO NEFASTA

O ano de 2024 deve registrar 1.960.460 casos de dengue no Brasil. Essa estimativa, entretanto, pode variar de 1.462.310 até 4.225.885 de casos. Os números foram divulgados na terça-feira, 30, em Brasília, pelo Ministério da Saúde, durante encontro entre representantes da Sala Nacional de Arboviroses, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Aedes atormenta a maior cidade da região

O primeiro boletim epidemiológico da dengue de 2024 divulgado nesta quinta-feira, dia 1º de fevereiro, pela Secretaria de Saúde de Rio Preto, mostra que a maior cidade da região já sente os resultados da falta de cuidados e do grande número de criadouros do mosquito.

Até agora já foram registrados 1.248 notificações da doença, sendo 149 confirmadas, 103 descartadas e 996 em investigação. Também já houve 115 casos de chikungunya confirmados em janeiro. Outras 21 notificações foram descartadas e 73 seguem em investigação.

Não era pra menos. O atual Índice Predial (I.P) de Rio Preto chegou a 3%, o que, de acordo com o Ministério da Saúde, deixa a cidade em situação de alerta para as arboviroses. O ideal é que o índice fique abaixo de 1%.

O indicador foi medido na primeira quinzena de janeiro durante as visitas domiciliares dos agentes de saúde. O resultado mostra que dos 10 mil imóveis vistoriados, 300 estavam com larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_imgspot_img
spot_imgspot_img
spot_imgspot_img

Outras matérias relacionadas
RELACIONADAS

Vasos com terra também acumulam água, alerta Endemias

Estamos em pleno período crítico de proliferação do mosquito...

Inauguração da INEJAL, um marco para a saúde de Jales e região

Na quarta-feira, dia 20, foi inaugurada a INEJAL –...