A Prefeitura de Jales publicou, na semana passada, o aviso de abertura da Concorrência Pública 03/16, com o objetivo de vender três terrenos pertencentes à municipalidade, avaliados, no total, em R$ 3,3 milhões. De acordo com a lei que autorizou a venda dos terrenos, aprovada pela Câmara em junho deste ano, o dinheiro arrecadado deverá ser utilizado na amortização de dívidas junto ao Instituto Municipal de Previdência Social (IMPSJ). A Câmara tinha autorizado a venda de quatro terrenos, mas um deles, localizado no Jardim Tangará e avaliado em R$ 80 mil, acabou ficando de fora da concorrência.
Entre os três terrenos colocados à venda, o maior deles está localizado bem ao lado do recinto da Facip, atrás do campo de futebol do projeto Pontal. Com 11.134,82 metros quadrados, o terreno, onde foi erguido um barracão que já foi utilizado pela boate da Facip, foi avaliado em R$ 2,8 milhões por uma comissão especialmente designada pelo prefeito Pedro Callado. De acordo com informações obtidas pelo jornal A Tribuna, algumas pessoas já procuraram o setor de licitações da Prefeitura, demonstrando interesse na aquisição do terreno.
Os outros dois imóveis também estão localizados nas proximidades da Facip, um deles no Jardim Municipal, com 3.810,94 metros quadrados, avaliado em R$ 400 mil, e o segundo no Jardim Soraia, com 503 m², avaliado em R$ 120 mil. De acordo com o edital da concorrência, os interessados terão até o dia 26 de setembro para apresentar suas propostas, que deverão ser protocoladas na Prefeitura, em envelopes fechados. O pagamento poderá ser feito à vista ou em até três parcelas iguais, através de boleto bancário.
Na administração Callado, esta é a primeira vez que imóveis de propriedade do município são colocados à venda. Em 2011, na administração Parini, oito terrenos da municipalidade, avaliados em R$ 500 mil, foram colocados à venda, mas apenas três deles foram vendidos, proporcionando uma arrecadação de R$ 261 mil. O dinheiro, que deveria ter sido utilizado em melhorias no Distrito Industrial III, acabou sendo desviado para outras finalidades. Em novembro de 2012, quase ao final de sua administração, o ex-prefeito Parini vendeu, por R$ 350 mil, um prédio pertencente ao município, localizado na Avenida Francisco Jalles, ao lado do viaduto Antonio Amaro.
Projeto que autoriza a venda de outros 12 terrenos já está na Câmara
A Câmara Municipal deverá começar a analisar, na próxima sessão ordinária, prevista para o dia 05 de setembro, o projeto de lei 107/16, enviado pelo prefeito Pedro Callado, onde ele pede autorização para vender mais 12 terrenos pertencentes à municipalidade, avaliados em R$ 12,2 milhões. De acordo com o projeto, o dinheiro arrecadado deverá ser utilizado na construção/aquisição de moradias populares ou na aquisição de área para implementação de programas habitacionais no município.
Dois dos maiores terrenos que serão colocados à venda estão localizados no Jardim do Bosque, ambos tomados por muitas árvores. Um deles está situado entre as ruas “José Antonio da Silveira”, “Geraldo Paulino” e dos Escoteiros. Com mais de 27,7 mil metros quadrados, o imóvel está avaliado em R$ 2,4 milhões. O outro terreno, com mais de 15,3 mil metros quadrados, está situado entre a Avenida “José Rodrigues” e as ruas “Domingos de Rosis Filho” e dos Escoteiros. Ele está avaliado em R$ 2,2 milhões. Além desses dois terrenos, outros dois estão localizados no Jardim do Bosque, mas com tamanhos e valores bem menores.
Além dos quatro terrenos do Jardim do Bosque, o projeto inclui outros três localizados no Residencial Paineiras. Os demais cinco terrenos estão espalhados por cinco bairros da cidade: Jardim Arapuã, Conjunto Habitacional “Dercílio Carvalho”, Jardim Alvorada, Residencial Nova Jales e Jardim “Maria Silveira”. Este último, com quase 10.000 metros quadrados, está avaliado em R$ 2,3 milhões. Todas as avaliações foram feitas pela empresa MN Consultoria e Projetos Ltda.