O prefeito Pedro Callado assinou, na semana passada, um contrato de locação de imóvel firmado entre a Prefeitura e a Casa da Criança, que vai permitir a instalação, no prédio da entidade, de uma Escola Municipal de Ensino Infantil (Creche), para atendimento de até 150 crianças. Em princípio, porém, a nova EMEI, que poderá começar a funcionar em junho, deverá atender cerca de 70 crianças que tinham sido acomodadas em outras creches do município no início do ano.
Pelo aluguel, a Prefeitura vai pagar R$ 5 mil mensais à Casa da Criança. Esse valor significa uma economia de R$ 2 mil mensais, em relação ao valor que a ex-prefeita Nice Mistilides estava disposta a pagar à entidade pelo aluguel do prédio. No início deste ano, depois de longas negociações que começaram em 2013, a ex-prefeita e o presidente da entidade, Renato Luís de Lima Silva, o Renato Preto, tinham acertado o aluguel do prédio por R$ 7.066,00, mas, depois de a Prefeitura já ter providenciado a instalação de alguns equipamentos nas salas que seriam utilizadas pela municipalidade, o contrato acabou não sendo assinado.
Na ocasião, a explicação dada pelo então secretário de Educação, Roberto Timpurim, dizia que a Procuradoria Geral do Município tinha emitido um parecer jurídico contrário ao aluguel do prédio, uma vez que a Casa da Criança recebia uma ajuda mensal da Prefeitura para manutenção de um projeto social com adolescentes. O presidente Renato Preto confirmou a versão de Timpurim e alegou, à época, que não abriria mão da subvenção mensal – R$ 800,00 – e nem tampouco levaria o projeto social para outro local.
Agora, no entanto, com a entrada de Pedro Callado e da nova responsável pela Secretaria de Educação, Marynilda Cavenaghi, a Casa da Criança mudou de posição. Em entrevista concedida a uma emissora de rádio, na quinta-feira, 30, Renato Preto confirmou o aluguel do prédio da entidade por R$ 5 mil e afirmou que o projeto com adolescentes será transferido para outro local. De outro lado, a Secretaria de Educação já está providenciando adaptações no prédio para receber as crianças.
Construção de creche do Maria Silveira continua paralisada
A atual responsável pela Secretaria Municipal de Educação, professora Marynilda Cavenaghi Nacca, confirmou que a Prefeitura e a empresa Wilson dos Anjos Bertipaglia Ltda, também conhecida como Construtora WB, de Ilha Solteira, já chegaram a um acordo para rescisão do contrato assinado em 2012 para construção do novo prédio da EMEI “Antonio Di Bernardo Peres”, no Jardim Maria Silveira. A obra – contratada por R$ 655 mil, com recursos do programa ProInfância, do Ministério da Educação – está paralisada desde dezembro de 2012.
Apesar do acordo, a assessoria do prefeito Pedro Callado não está otimista quanto à abertura de uma nova licitação para retomada da obra. “A ex-prefeita Nice já tinha feito três licitações para continuidade da obra, mas as empresas de construção não se interessaram, em função do valor orçado para o término da creche. Acredito que tão cedo o prefeito Callado não vai autorizar a abertura de uma nova licitação, pois a continuidade da obra implicaria em um razoável investimento por parte da Prefeitura e, como todos nós sabemos, os recursos andam escassos”, explicou um funcionário da Secretaria de Obras.
Em maio do ano passado, depois que o Ministério Público recebeu reclamações de algumas mães que não estavam encontrando vagas para seus filhos nas creches municipais, a Justiça de Jales determinou que a Prefeitura tomasse providências para reiniciar, no prazo de 72 horas, as obras de construção da EMEI “Antonio Di Bernardo Peres”. Durante alguns dias, por ordem da então prefeita Nice, alguns servidores municipais fizeram pequenos reparos nas obras, para dar a impressão de que a construção havia sido iniciada, mas, dias depois, a obra foi novamente paralisada.