Flávio Prandi Franco (DEM), o Flá, nem conseguiu se acomodar direito na cadeira reservada ao prefeito de Jales e já tem algumas dores de cabeça para chamar de suas. Leitores entraram em contato com a equipe de reportagem do jornal A Tribuna para denunciar algumas obras paralisadas pela Prefeitura, principalmente ligadas ao setor de Saúde, embora não estejam sob responsabilidade desta pasta na administração municipal. Algumas delas, caso do Centro Dia do Idoso, que está sendo erguido anexo ao Estádio Municipal, na Rua 13, ao lado da escola municipal Maria Olympia B. Sobrinho, foi iniciada no dia 7 de maio de 2014 e deveria ter sido entregue no dia 7 de janeiro de 2015, mas até hoje não foi concluída.
A placa instalada no local ainda durante a gestão da ex-prefeita Eunice Mistilides Silva, a Nice, indica que a obra custaria em torno de R$ 619 mil. Custaria, assim, no futuro do pretérito, já que o chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Obras, Serviços Públicos e Habitação, Manoel Andreo de Aro, disse que a pasta está equacionando algumas pendências, já que a construtora responsável pela construção do Centro Dia do Idoso, uma espécie de “creche para a terceira idade”, pleiteia reajuste financeiro e orçamentário, para readequação dos valores. “Assim que equacionarmos as pendências as obras serão retomadas”, disse Manoel. O diretor de divisão da Secretaria de Esportes, Cultura e Turismo, Ademir Molina, comentou que a obra já recebeu cobertura, vidros e que alambrados foram instalados no local.
Equipamentos
abandonados
A equipe de reportagem de A Tribuna esteve na quarta-feira, dia 1º de fevereiro, no Estádio Municipal Dr. Roberto Valle Rollemberg para conferir de perto as obras do Centro Dia do Idoso e aproveitou para verificar a situação da Academia Ao Ar Livre para Pessoa com Deficiência, inaugurada no final de setembro de 2014 durante a administração da ex-prefeita Eunice Mistilides Silva. Em julho do ano passado um comerciante local procurou o jornal e denunciou o absoluto descaso da administração pública com o destino dado aos equipamentos da academia. Naquela ocasião os dez equipamentos que ficavam instalados na Rua 24, anexo ao Estádio, onde também está sendo construída a nova sede da ESF (Estratégia de Saúde da Família) Drª Zilda Arns Neumann (Novo Mundo), estavam ‘amontoados’ e abandonados em uma quadra de tênis, também abandonada, dentro do estádio. O então secretário de Esportes e Cultura, Ademir Molina, alegou na época, que a academia foi construída na gestão da prefeita Nice, em um local de grande tráfego de veículos, de difícil acesso para portadores de necessidades especiais, sem bebedouros de água e sem banheiros. Molina disse que aguardava a autorização da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, para construir a academia em local apropriado.
Hoje, seis meses, depois, a situação de descaso e abandono é exatamente a mesma. Os dez aparelhos estão “jogados” na mesma quadra abandonada e não há sinal de construção no local. O mato invadiu as laterais da referida quadra. Aparelhos tríceps, máquina bíceps, máquina supino vertical, máquina de remada sentado, máquina abdominal, jogo de barras, jogo de barras paralelas, máquina giro de punho, bicicleta de mão e máquina twistc estão sob a ação do sol e chuva e se deteriorando, esperando a boa vontade do poder público.
“É um completo descaso, tanto da administração Nice, depois Callado que simplesmente desativa a academia e armazena, de qualquer maneira os equipamentos em um local que qualquer pessoa pode ter acesso, assim como eu tive. Eles estão lá amontoados de qualquer jeito, parecendo um monte de ferro abandonado. O Flá acabou de assumir, portanto não podemos atribuir culpa a ele, mas espero sinceramente, que ele resolva o mais rápido possível a situação”, argumentou o comerciante.
Academia de Saúde
Outra obra paralisada pela Prefeitura é a construção de uma Academia de Saúde – Mobilidade Básica no Jardim Arapuã, nos fundos da ESF – Estratégia de Saúde da Família, Getúlio de Carvalho. Em 24 de julho de 2016, uma reportagem publicada em A Tribuna noticiou o início das obras que viabilizariam um espaço destinado para a prática de atividades saudáveis.
O jornal A Tribuna esteve no local e conversou com algumas pessoas que residem próximo ao local. “Instalaram a placa e anunciaram a construção. Depois disso que saiu no jornal, pararam tudo. Vieram aqui e fizeram o piso de cimento, aí parou tudo e está assim como vocês estão vendo. É um absurdo, até a placa já caiu. Até esses dias o mato tinha invadido. A prefeitura já precisou roçar aqui umas duas ou três vezes. Eles brincam com o nosso dinheiro”, disse indignado o senhor Osmaildo.
De fato, nada foi feito no local, apenas o piso da futura academia. A placa que anuncia o valor da obra em R$ 83.441,68, além do início da obra em 13/06/2016 e a conclusão para 12 de dezembro do ano passado, foi derrubada e está jogada na calçada.
Manoel de Aro, chefe de gabinete da Secretaria de Obras disse que a Prefeitura aguarda a segunda parcela de repasse do Governo do Estado desde o ano passado. “Assim que recebermos os recursos, retomaremos as obras”.
Representantes do Conselho de Saúde da unidade, exaltaram a importância da academia que vai beneficiar, além dos moradores do Arapuã, a população de bairros como Jacb 1 e 2, Nova Jales, Jardim Santo Expedito e Jardim Alvorada.
O Conselho que era presidido por Nivaldo Gonçalves Rezende, o Berinjela, até dezembro de 2016, ainda não realizou novas eleições.
A obra é executada pela Quality 1 Fernandópolis Arquitetura Engenharia e Construção Civil Ltda. O local deve contar com equipamentos como barra horizontal, barra paralela, bancos, prancha abdominal, barra marinheiro, espaldar e a barra horizontal de apoio.
