A Polícia Civil de Jales apreendeu, no dia 11 de dezembro, sexta-feira da semana passada, a segunda maior quantidade de cocaína que se tem registro na cidade. Foram 3,2 quilos de pó puro que renderiam cerca de R$ 160 mil quando vendido ao consumidor final. Cinco homens foram presos e a investigação continua em busca de outros que devem ser presos nos próximos dias.
Segundo o delegado Sebastião Biazi, foi a segunda maior quantidade de drogas. A primeira foram quatro quilos apreendidos no Alto do Ipê.
Na Vila Aparecida foram presos E.A.A., 29 anos; V.C.S., 44 anos; P.C.F.M. 41 anos. No Dercílio Joaquim, de Carvalho foi preso T.H.G. 24 anos; e no Jardim do Bosque foi preso N.J.F.R.,23 anos. Foi na casa deste último que a polícia encontrou a maior parte da droga, cerca de um quilo.
Entre os presos, T.H.G. tem passagem por venda de CDs piratas; V.C.S. tem passagem por infração à Lei Maria da Penha; P.C.F.M. tem passagem por roubo e furto. Todos foram autuados por tráfico e associação para o tráfico de drogas.
No momento da prisão, a droga já estava embalada em 60 porções de 50 gramas e pronta para ser vendida. Cada porção vale, segundo a polícia, R$ 1 mil.
“Vendida a grosso modo para outros traficantes, renderia cerca de R$ 60 mil e depois de fracionada e vendida no varejo, renderia R$ 160 mil. Cada grama é vendida por R$ 50,00”, disse o delegado Sebastião Biazi.
A polícia acredita que a cocaína vinha da Bolívia ou Paraguai, passando pelo Mato Grosso e seria distribuída em Jales e na região.
Biazi explicou que trata-se de uma cadeia comercial, na qual o produtor fatura 7%, o atravessador (que compra do produtor e importa até o traficante final) fatura outros 23% e o traficante que atua direto com o consumidor lucra 70%. “Embora o lucro do ponto de tráfico seja maior, ele tem que ser distribuído entre mais pessoas”.
A operação empreendeu cerca de 30 policiais civis da Central de Polícia de Jales e da sub-região e policiais militares do 1º e segundo pelotões da 2ª Cia, em uma dezena de viaturas., sob o comando o delegado Charles Wistom de Oliveira e o tenente Alex Tominaga. Foram feitas seis buscas em endereços diversos. A movimentação dos policiais começou por volta de 16 horas de sexta-feira e só terminou 20 horas depois, em plena madrugada de sábado, 12.
O trabalho investigativo e pré-operação ficou sob a responsabilidade dos policiais João Paulo, Oleno, Fábio e Marcos. O trabalho de polícia judiciária foi feito pelo delegado Carlos Monteleone, o flagrante foi lavrado pelo delegado José Pedreira e a coordenação da operação foi do delegado operacional Sebastião Biazi.