Terça-feira, Novembro 26, 2024

Para feirante, trabalho no Comboio às quartas e sábados é uma terapia

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Muitos dos consumidores que visitam a feira realizada no “Comboio”, às quartas-feiras, não imaginam toda a preparação e o trabalho dos feirantes para que os produtos estejam disponíveis por volta das 18 horas, quando o movimento efetivamente começa. “Na verdade, eu costumo chegar por volta das 13 ou 14 horas e já vendo alguma coisa. Hoje mesmo já fiz algumas vendas, mas a feira começa para valer mesmo lá pelas 18 horas e, normalmente, vai até lá pelas 21 horas”, explica Benedito Romildo Peresi, um dos mais antigos feirantes do local.

Peresi, um ex-funcionário da CESP é um dos primeiros feirantes a chegar ao Comboio. Às 14 horas o feirante já está com sua banca praticamente pronta, com muitos legumes, verduras e outros produtos, que ele mesmo produz em uma pequena chácara de sua propriedade. Mas sua banca não tem apenas produtos produzidos por ele. “Nós costumamos trocar produtos com os outros feirantes. Normalmente a gente tem alguns espaços vazios na banca, então a gente faz umas trocas para preencher esses espaços e oferecer mais opções aos consumidores. Hoje, por exemplo, eu estava sem milho, então peguei um pouco do produto com o colega que traz milho lá de Minas Gerais”.

Peresi – que possui uma quitanda no Jardim Paraíso – conta que começou a vender seus produtos no Comboio há dezesseis anos. “Eu trabalhava na CESP, mas com a privatização, tivemos que optar entre ir para outras regiões ou pedir demissão. Eu fui um dos primeiros a fazer um acerto e sair. Outros 503 companheiros também pediram demissão. Eu já tinha o sonho de trabalhar na minha chácara e não fiquei com medo de encarar a iniciativa privada. Não me arrependi”, diz Peresi.

Ele diz que o seu dia-a-dia começa entre quatro e cinco horas da manhã. “Eu levanto cedo todos os dias, inclusive aos domingos, mas a quarta-feira e o sábado são dois dias especiais. Isso aqui para mim é uma terapia. Eu me divirto vendendo e conversando com as pessoas. Então, na quarta-feira eu acordo um pouco mais cedo, preparo os produtos, entrego algumas encomendas que o pessoal do comércio me faz, almoço e depois venho pro Comboio. No sábado, a rotina é um pouco diferente, mas o horário de acordar é o mesmo”. Peresi revela que sua próxima meta é trabalhar somente com produtos orgânicos. “Estou fazendo um curso de agricultura orgânica e me preparando para produzir produtos sem fertilizantes químicos”.

Peresi falou, também, sobre as bancas que comercializam outros tipos de produtos no Comboio, que não tem relação com a agricultura. “Eu não tenho nada contra, pois acho que tem espaço para todo mundo. Esse pessoal veio pedir para vender aqui no Comboio por conta da crise econômica, que está dificultando a vida de todo mundo e a Associação dos Feirantes autorizou que eles vendessem seus produtos aqui. Existe, no entanto, um limite que garante que a maior parte do Comboio seja ocupada por feirantes”, finalizou Peresi.  

 

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