Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Paciente espera quase dois anos por consulta com Oftalmo no AME

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Um paciente morador do Jardim Nova Jales esperou incríveis 22 meses para conseguir se consultar com um oftalmologista no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Jales. O tempo é o intervalo entre o primeiro atendimento no ESF Luis Ernesto Sandi Mori, na COHB Jacb II, em 17 de julho de 2014, data do agendamento, e a consulta no dia 19 de maio de 2016, última quinta-feira. 

Segundo ele, a demora foi tamanha que não foi possível esperar. No ano passado, ele procurou um consultório particular e teve que pagar uma consulta que deveria ser gratuita. Sem contar os valores pagos em exames. 

“Depois de muito esperar, em 2015 paguei R$ 280,00 de consulta e mais não sei quanto de um exame que tive de fazer. Recorri ao particular devido à demora. Aí, para minha surpresa, recebi uma ligação dizendo que a consulta foi marcada. A primeira reação foi dar risada”, contou o leitor ao jornal A Tribuna.

Mesmo assim, ele garantiu que aproveitaria a oportunidade. Afinal, a consulta particular foi feita há cerca de um ano e uma nova avaliação já seria necessária. 

Outro fator que causou estranheza ao leitor foi a diferença de prazo para atendimento de diferentes pacientes. Segundo ele, a consulta de um colega de trabalho, que mora em Aspásia, teria sido marcada um dia depois da visita ao Posto de Saúde da cidade.   

“Não sei como é o critério de distribuição dessas vagas, mas quando não tem demanda nesses municípios menores, deveriam remanejar as vagas para onde precisa”, sugeriu. 

AME explica que não faz agendamento

Segundo o site do AME Jales (www.amejales.com.br) o ambulatório realiza em média 7.865 consultas por mês e realiza 10.204 exames mensais, além de 149 pequenas cirurgias no mesmo período. São atendidas, em média, 549 pacientes por dia. Entre as especialidades atendidas estão geriatria, cardiologia, alergia, dermatologia, neurologia,urologia, otorrino, pneumologia e oftalmologia.

Particularmente sobre a especialidade solicitada pelo paciente, o AME Jales conta com dois médicos que atendem diariamente em uma única sala. Uma segunda já foi solicitada ao Governo do Estado, mas não há prazo para que seja instalada. 

As consultas, porém, não são agendadas pelo ambulatório de Jales, mas, sim pelo próprio ESF com base nas vagas disponibilizadas pelo DRS XV (Departamento Regional de Saúde) em São José do Rio Preto. 

O problema está na distribuição das vagas, que, por sua vez, é feita com base no histórico de necessidades de cada ESF ou de cada unidade de saúde. Por isso, existe a diferença entre os prazos de agendamento. O remanejamento, porém, depende de um novo estudo dessas mesmas necessidades. 

Além disso, a desistência é outro fator que pode diminuir o tempo de espera. Quando um paciente desiste e avisa com antecedência, é possível convocar o próximo da fila. Atualmente, o AME Jales tem uma fila de espera de aproximadamente 12 mil pessoas, ou seja, um pouco mais de dois meses, em média. Algumas especialidades demoram mais.

A fila poderia ser reduzida caso os próprios pacientes se preocupassem em avisar que não poderão comparecer na data agendada. De acordo com o AME, o percentual de absenteísmo, ou seja, de pacientes que faltam e não avisam é de 12,84%. Para reduzir esse número, que é considerado alto, o AME possui uma central de CAL CENTER que envia SMS e telefona para os pacientes nos dias que antecedem à consulta. Ainda assim, de cada cem agendamentos, 13, em média, não aparecem, nem dão satisfação. 

 

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