“Se levarmos em consideração que todo ser humano é único, que o conjunto de valores, experiências e conhecimento que formam este ser humano é singular e a forma que ele vê um “fato” é definitivamente específica e própria, podemos afirmar com certeza que não existe um “fato” e sim, apenas “versões” de um acontecimento. Difícil de entender isso? Vai piorar!”
Seria cômico se não fosse tão grave o que se transformou nossa Jales em mãos de pessoas que não estão nem um pouco estão preocupadas com o nosso desenvolvimento estruturacional e financeiro. Pessoas intempestivas que simplesmente não possuem conhecimentos para exercer tal função O circo está sendo armado. Seremos os artistas, expectadores ou novamente palhaços?
Não da mais para contemporizar, mas o fato é que a nossa cidade está à beira de um buraco coletivo. É triste constatar a situação atual de Jales, principalmente a dos buracos de rua. Uma herança maldita que a administração anterior do premiado estadista (sic) de plantão ( como cita o meu oráculo Cardosinho) deixou para a nossa “ungida” e intempestiva alcaide mor, que segundo consta, não tem feito nenhum esforço para solucionar todo esse abandono. É lamentável!
Depois de certo tempo alguns políticos passam a se tornar previsíveis e repetitivos. Não que eles não surpreendam. As coisas apenas não são mais como deveriam ser e, uma sensação cômoda se apodera de todos. Sempre está bom do jeito que está. Todos aproveitadores, enfim. Por isso mesmo ultimamente tenho evitado fazer comentários sobre os inúmeros problemas que assolam nossa querida cidade nos últimos anos. Infelizmente não dá mais para contemporizar, Jales está “uma terra de ninguém”. E tudo isso mexe com meus brios e, como Jalesense que sou não posso ficar inerte e fechar os olhos para tudo isso.
Definitivamente eu acho que, para explicar alguns posicionamentos diante de certas situações, só mesmo relativizando valores éticos, morais e administrativos, caso contrário, fica difícil ou mesmo impossível argumentar acerca desses temas.
A política é um dos terrenos mais férteis para se observar a depreciação desses valores e também o recrudescimento de alguns deles, principalmente numa cidade com uma Câmara fria e um Executivo desastroso.
Confesso que não tenho andado muito pela cidade, mas tenho andado o suficiente para como muitos e muitos, me revoltar com o descaso ao ver a imundice, a falta de administração, o abandono, e o caos em que ela se encontra.
Lembrando que “só não vê quem não quer”, o jalesense está tendo a oportunidade de ver, enxergar e sentir como se tivesse comido o “pão que o diabo amassou” e tendo que engolir “goela abaixo”, o poder público municipal dizer que está tudo às “mil maravilhas”, enquanto temos a oportunidade de vivenciar a maior e vergonhosa letargia administrativa dos últimos anos.
A afirmativa “terra de ninguém”, trouxe a lembrança do saudoso jornalista Paulo Reis Aruca, que com seu espírito inquieto expressou suas fortes opiniões sobre o que acontecia em Jales em suas colunas semanais neste jornal. Aruca sempre retratou muito bem a sordidez do campo político, ao dizer: “Agora, leitor, tenha paciência: “muna-se de uma quantidade boa de ácido frênico ou, na falta desse poderoso desinfetante, leve o lenço ao nariz porque, com perdão da palavra, vou tratar da celebérrima política de Jales.”
Realmente a Jales de hoje deixa margens para ser intitulada como uma “terra de ninguém”, pois se olharmos em volta veremos a não aplicação eficiente do dinheiro do contribuinte.
Como diz a letra da musica “Terra de Ninguém”, composta por Marcos e Paulo Sérgio Valle, interpretada por Elis Regina: “… Reza uma oração, prá voltar um dia e criar coragem prá poder lutar pelo que é seu. Mas… o dia vai chegar que o mundo vai saber que não se vive sem se dar, quem trabalha é que tem direito de viver, pois a terra é de ninguém” . Mas, de uma vez por todas, devemos entender que alguns políticos são tão corruptos quanto às instituições lhes permitem ser. Se não avançarmos seguiremos à mercê de julgamentos meramente pessoais sobre a integridade dos políticos.
Não pode haver melhor exemplo de ética maquiavélica. Em todo caso ergam as mãos pro céu!
A guerra começou. Não seja um desertor, diga não a incompetência política Amém! Hoje tem circo? Tem, sim senhor! Onde é esse circo, menino? É aqui… aqui em Jales.