Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Moradores reivindicam asfalto para a Avenida Magnólia

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Um grupo de moradores do Parque das Flores esteve na Câmara Municipal de Jales na sessão da semana passada, para reivindicar o asfaltamento da Avenida Magnólia, naquele bairro. Eles afirmam que a avenida é a única que não foi pavimentada por ocasião do financiamento feito em 2019 pelo ex-prefeito Flávio Prandi Franco. Ele teria realizado uma reunião com os moradores do bairro para prometer que a obra seria feita com o excedente do financiamento, mas a promessa não foi cumprida.
Segundo o porta-voz do grupo, o empresário Wellington Elioenae, que mora no bairro há cerca de três anos, o município aplicou o dinheiro do financiamento em outras vias que já estavam asfaltadas e usou dinheiro de emendas parlamentares em obras fúteis, como pistas de caminhadas, ignorando as necessidades dos moradores. 
“O Flá disse que faria o asfaltamento do Jardim do Bosque e usaria a sobra pra fazer a Avenida Magnólia mas parece que usaram a sobra para recapear o aeroporto. Temos muitos idosos com dificuldade de se locomover e esse problema existe há mais de 40 anos”, disse.
“Precisamos do asfalto e a Prefeitura está recebendo dinheiro do governo para recape. Por que não usa uma parte para asfaltar a Avenida Magnólia?”, questionou. 
RECURSOS VULTOSOS
A reportagem procurou a Prefeitura para verificar a situação. Inicialmente, conversamos com o atual secretário de Obras, Manoel de Aro, que também exercia o cargo na época da obra citada pelo morador. Sempre atencioso, o secretário explicou que a pavimentação na Avenida Magnólia inclui obras de infraestrutura pesadas, como galerias de drenagem.  
“O valor dela é um montante bastante expressivo porque não se trata de uma obra superficial. Ela inclui, guias de sarjeta, galerias e asfalto completo. Além disso, são obras que não se pode fazer em módulos, parcialmente. Tem que fazer a obra inteira de uma vez pra não correr o risco de perder tudo com a chuva, então precisamos ter o recurso inteiramente”.
Manoel ressaltou que a Secretaria ainda está elaborando estudos sobre o projeto, mas estima que o valor necessário ultrapasse R$ 1,5 milhões, o dobro do que foi aplicado no aeroporto e na pista de caminhada. 
Ainda segundo ele, o financiamento contraído pelo então prefeito era de R$ 11 milhões, valor estimado para as obras dos quatro bairros. Graças à disputa ocorrida durante a licitação, as empresas foram contratadas por menos de R$ 9,5 milhões.
A empresa Noromix, de Votuporanga, venceu a concorrência pelos lotes 1,2 e 3 pelo total de R$ 7,595 milhões, e a empresa Garcia Construções e Empreendimentos levou o lote 4 por R$ 1,647 milhões, o que reduziu o total da licitação para pouco mais de R$ 9,241 milhões. 
“Graças a essa redução, houve uma sobra de mais de R$ 1,7 milhões, que seriam suficientes para pavimentar a Avenida Magnólia”, explicou o secretário. “Porém, quando iniciamos a execução da obra, encontramos vários obstáculos que foram consumindo esse montante da sobra inicial. Tanto que foi necessário fazer vários aditivos. Ao final da obra, não houve sobra alguma. Muito pelo contrário, a Prefeitura teve que dar uma contrapartida para complementar o recurso”. 
Como a Avenida Magnólia nunca esteve contemplada na licitação, não foi possível cumprir a promessa que havia sido feita apenas verbalmente. Para o Parque das Flores, o projeto previa as avenidas Flamboyant, Resedá e na Marginal Antônio Stafuza. 

 

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