Terça-feira, Novembro 26, 2024

Metade dos atuais vereadores de Jales não deverá tentar reeleição

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A renovação da Câmara Municipal de Jales deverá ser de, no mínimo, 50%, uma vez que pelo menos cinco dos atuais vereadores não parecem dispostos a disputar a reeleição. O vereador Gilbertão (DEM) já vem anunciando há muito tempo que não será candidato novamente. Ele já confidenciou até que pretende transferir seu título eleitoral para Aparecida do Taboado (MS), onde possui um segundo endereço residencial. Gilbertão foi eleito pela primeira vez em 1996, quando candidatou-se pelo mesmo partido – o PMN – de seu cunhado Rato, eleito no mesmo ano para prefeito. 

Em 2000 e em 2004, Gilbertão foi reeleito para mais dois mandatos. Em 2008, ele resolveu candidatar-se a vice-prefeito, na chapa da petebista Nice Mistilides, e sem conseguir ser eleito, ficou fora da política por quatro anos. Em 2012, candidatou-se novamente a vereador e foi eleito. Aos amigos, Gilbertão já confessou que o período em que ficou afastado da política – de 2009 a 2012 – foi um dos melhores de sua vida. Por isso mesmo, ele agora só pensa em abandonar a política.

Outro que está decidido a ficar de fora é o pedetista Claudir Aranda. Eleito pela primeira vez em 2000, Claudir já está no seu quarto mandato, tendo sido presidente da Câmara no ano de 2011. Funcionário de carreira dos Correios, Claudir atualmente ocupa um cargo que o obriga a ficar a maior parte do tempo fora de Jales. Além disso, o vereador vem enfrentando problemas de saúde. A convenção do partido de Claudir, o PDT, estava prevista para ontem, sábado, e, segundo informações de bastidores, a sigla – que deverá apoiar o candidato a prefeito Flávio Prandi Franco (DEM) – não deverá lançar candidatos a vereador.

Se depender de sua vontade, Sérgio Nishimoto (PTB) também não estará concorrendo ao seu terceiro mandato. Eleito em 2008 com 702 votos, ele viu sua votação cair para apenas 296 votos em 2012 e, mesmo ficando na 26ª posição entre os mais votados, acabou sendo eleito por conta das incoerências da legislação eleitoral. Nishimoto, companheiro de partido da ex-prefeita Nice Mistilides, foi o único vereador a não votar favorável à cassação dela. Ele, provavelmente, não quer se arriscar a ver sua votação cair mais ainda.

A vereadora Pérola Fonseca Cardoso (PT) também não deverá ter sua foto nas urnas eletrônicas, em outubro próximo. Os rumores de que ela não pretendia tentar seu terceiro mandato começaram há mais de seis meses, mas apenas agora Pérola confirmou aos dirigentes do PT sobre sua desistência. Durante os próximos dias, os petistas ainda irão tentar convencer a vereadora a mudar de ideia, mas eles já admitem que ela dificilmente voltará atrás. Segundo os rumores, Pérola teria propostas de trabalho fora do país.

Depois de atuar na Secretaria de Promoção Social, durante o primeiro mandato do ex-prefeito Humberto Parini, Pérola candidatou-se pela primeira vez em 2008 e, com o apoio da então primeira-dama Rose Parini, obteve 1.713 votos, ficando atrás apenas de Henrique Macetão. Em 2012, candidata à reeleição, Pérola foi novamente a segunda mais votada, com 1.349 votos, perdendo somente para o estreante Tiquinho. Em 2013, ela foi escolhida para ocupar a presidência da Câmara.

Outra foto que não deverá estar nas urnas eletrônicas de Jales é a do vereador Fagner Pelarini (PRB), o Nenê do Pet Shop, que assumiu uma cadeira no ano passado, depois da cassação do vereador André Ricardo Viotto (PSD). A convenção do partido de Nenê, o PRB, está marcada para este domingo, mas os rumores antecipados dão conta de que o nome dele não estará na lista de candidatos da sigla. Na semana passada, Nenê confirmou à reportagem de A Tribuna que, dependendo do lado que o seu partido decidir apoiar (Flá ou Callado) ele não seria candidato. O jornal apurou que Nenê é muito amigo de Osvaldo Costa Júnior, o “Bixiga”, provável vice do prefeito Pedro Callado, e não se sentiria à vontade para apoiar adversários da dupla.

Entre os mais votados de 2012, Du Venturini e Marynilda Cavenagui não disputam em 2016

O empresário Du Venturini (PSDB) obteve 984 votos nas eleições de 2012, enquanto a servidora municipal aposentada Marynilda Cavenagui Nacca (PMDB) alcançou 829 votos, classificando-se, respectivamente, como o 4° e o 5° colocados entre os mais votados, mas, apesar disso, não foram eleitos porque os seus partidos não conseguiram alcançar o coeficiente eleitoral. Neste ano, tudo indica que eles não estarão na disputa. Du Venturini, já é certo, desistiu da carreira política, pelo menos temporariamente. 

Já Marynilda também é tida como carta fora do baralho. Ela admite que, pessoalmente, gostaria de ajudar o seu partido, o PMDB, mas está enfrentando forte oposição familiar. Depois de alguns dias em São Paulo, visitando a filha, ela voltou a Jales na quinta-feira, 28, e, neste domingo, deverá participar da convenção do partido, mas dificilmente aceitará ser candidata. “Minha família é contra”, resume Marynilda.    

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