Segunda-feira, Abril 21, 2025

Mais de 2.500 candidatos se inscrevem para disputar 125 vagas na Prefeitura

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Terminou na sexta-feira, 13, o prazo para inscrições no concurso aberto pela Prefeitura de Jales para preenchimento de 125 vagas em quatro cargos efetivos da Secretaria Municipal de Educação. Todos os cargos são voltados ao atendimento do Ensino Infantil (creches) do município. Até às 15:40 horas da sexta-feira, as responsáveis pelo recebimento de inscrições já contabilizavam um total de 2.532 candidatos para as 125 vagas.

O cargo com maior número de inscritos – 929 até aquele horário – era o de Agente de Organização Escolar, que está disponibilizando 20 vagas com salários mensais de R$ 1.334,53, o que significa 46 candidatos por vaga. O cargo de Secretário de Escola – com salários de R$ 1.409,84 – era o que tinha a menor quantidade de inscritos – 320 – mas, em contrapartida, será o mais concorrido, uma vez que pelo menos 64 candidatos estarão disputando cada uma das 05 vagas abertas pela Prefeitura.

O cargo que oferece o maior salário – R$ 1.628,85 – é o de Educador de EMEI. As 30 vagas disponibilizadas – duas delas para pessoas com deficiência – serão disputadas por, no mínimo, 525 candidatos, o que significa 17 concorrentes por cada vaga. Já o cargo que oferece o maior número de vagas (70) e o menor salário (R$ 899,61), o de Agente de Educação Infantil, será disputado por 758 concorrentes, ou 11 candidatos por vaga. Pelo menos quatro das 70 vagas estão reservadas às pessoas com deficiência.

Vereadores criticam organização e aplicação do concurso pela Secretaria de Educação

Seis vereadores da Câmara de Jales – Gilbertão(DEM), Jesus Batista(DEM), Júnior Rodrigues(PSB), Claudir Aranda(PDT), Fagner Pelarini(PRB) e Sérgio Nishimoto(PTB) – encaminharam um requerimento ao prefeito Pedro Callado, com diversos questionamentos sobre o concurso público que está sendo organizado pela Secretaria Municipal de Educação, para preenchimento de 125 vagas em 04 cargos efetivos daquele setor da Prefeitura. O principal questionamento diz respeito ao fato de o concurso estar sendo elaborado pela própria Secretaria de Educação. Na opinião dos vereadores, a Prefeitura deveria ter contratado uma empresa para aplicar o concurso.

Apesar de não ter assinado o requerimento, o vereador Luís Rosalino(PT) foi o primeiro a utilizar a tribuna da Câmara para criticar a forma como está sendo conduzido o concurso. Segundo Rosalino, a Educação em Jales deu um salto com o ex-prefeito Parini e a ex-secretária Élida Barison, mas o trabalho desenvolvido por eles vem se desfazendo nos últimos anos. Sobre o concurso, ele indagou “e se algum parente de quem elaborou a prova passar no concurso? E quanto ao sigilo para quem trabalha na Secretaria? Acho que esse concurso não começou bem”. Rosalino sugeriu que fossem escalados observadores externos – do Legislativo, do Ministério Público e do próprio Executivo – para acompanhar o concurso.

Já o vereador Gilbertão disse que “várias pessoas me procuraram preocupadas com o que pode acontecer”. O vereador citou pelo menos uma dessas pessoas, afirmando que “o Ataíde Cestari está disposto a ir ao Ministério Público” e finalizou seu discurso dizendo que “vai dar problema com certeza”. Além de Rosalino e Gilbertão, apenas os vereadores Júnior Rodrigues e Sérgio Nishimoto utilizaram a tribuna para manifestar suas preocupações. Rodrigues chegou a sugerir que a Prefeitura contratasse uma empresa para, pelo menos, formular as questões do concurso.

Secretária diz que tomou medidas para garantir segurança de concurso

A secretária Educação, Liliane Nogueira, explicou que o concurso está sendo elaborado pela própria Secretaria Municipal porque não daria tempo de fazer a licitação para contratar uma empresa especializada e realizar o concurso antes do período eleitoral. “Nós precisamos dar posse aos aprovados antes do período eleitoral, que começa no dia 05 de julho, pois as nossas creches estão carentes de pessoal e as crianças não poderiam ser prejudicadas por isso”. Liliane – que já trabalhou em uma grande empresa de segurança de dados, explicou que tomou diversas medidas para garantir a lisura do concurso.

“Em primeiro lugar, é preciso destacar que temos confiança nas pessoas encarregadas de elaborar as questões, mas, mesmo assim tomamos algumas precauções. A sala onde as três pessoas da Comissão que elabora as questões, por exemplo, teve a fechadura trocada e apenas essas três pessoas tem acesso a ela. Elas não podem entrar com celulares ou lap tops pessoais. Também não podem carregar nada ao sair da sala. Os computadores da sala foram formatados, não tem internet e não recebem nem expedem e-mails”, ressaltou Liliane.    

A secretária disse ainda, que “as provas serão impressas em uma gráfica desativada e o trabalho será executado pelo próprio dono da gráfica, sem a participação de funcionários. Outro detalhe é que parentes próximos – pais, irmãos, cônjuges – dos integrantes da Comissão Organizadora não poderão participar do concurso”. Liliane garantiu que entrou em contato com o Ministério Público para explicar as providências que visam assegurar a segurança do concurso e, segundo ela, “o promotor aprovou as medidas e até comentou que elas deveriam servir de exemplo para outros concursos”.

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