Terça-feira, Novembro 26, 2024

Licença de aterro sanitário vence em 15 dias

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O lixo continua sendo um dos maiores problemas do prefeito Pedro Callado. Na semana passada, ele ficou sabendo que o Tribunal de Contas suspendeu a licitação aberta pela Prefeitura para o transbordo (transporte) do lixo domiciliar recolhido em Jales para um aterro sanitário com licenciamento da Cetesb. O aterro sanitário privado mais próximo de Jales está localizado em Meridiano e pertence à empresa Proposta Ambiental Ltda, a mesma que era a responsável pela limpeza urbana de Jales até três meses atrás. E foi exatamente a Proposta quem pediu ao Tribunal de Contas a suspensão da licitação aberta pela Prefeitura de Jales.

Por outro lado, o gerente da Agência Ambiental (Cetesb) de Jales, Sílvio Beraldi, confirmou que o licenciamento do aterro sanitário municipal, fornecido pelo órgão, vence no dia 15 de setembro e, a partir daquela data, o local não poderá continuar sendo utilizado pela Prefeitura de Jales. Com a suspensão da licitação e o vencimento da licença de operação do aterro, o prefeito Pedro Callado terá que apelar a uma fórmula mágica para arrumar um lugar onde possa depositar o lixo domiciliar produzido em Jales.

A fórmula encontrada, segundo o secretário municipal de Obras, Manoel Andreo de Aro, é a assinatura de pelo menos dois contratos emergenciais. “Nós estamos providenciando a contratação emergencial da própria Macchione Ltda, que é a atual responsável pela coleta de lixo em Jales, para levar o lixo até Meridiano. E estamos também em negociação com a Proposta Ltda, que é a dona do aterro localizado em Meridiano, para fecharmos outro contrato emergencial para podermos depositar o lixo naquele aterro”, explicou De Aro. 

O secretário explicou, também, que o transbordo do lixo até Meridiano não é uma operação muito simples. “Existem algumas exigências para que esse lixo possa ser transportado e nós estamos tentando resolver isso. Tenho certeza de que, antes do dia 15 isso tudo estará resolvido”. Manoel não disse quanto isso custará aos cofres do município. “Nós estamos nos cercando de todos os cuidados para que paguemos um preço justo pelos serviços. Tudo está sendo feito com muita responsabilidade e respeito ao dinheiro público”, garantiu.

De Aro informou, ainda, que a Prefeitura está à procura de um terreno para instalar um novo aterro sanitário no município. “Nós estamos estudando alguns locais. O ideal seria que o terreno ficasse a mais de 20 quilômetros do nosso aeroporto, pois, nesse caso não necessitaríamos de autorização do Comando Aéreo Regional (Comar). Infelizmente, no entanto, todos os terrenos estão a menos de 20 quilômetros do aeroporto”. O secretário explicou que, assim que o município encontrar uma área apropriada para a instalação do aterro, a Prefeitura submeterá o local à aprovação do Comar e da Cetesb. “A distância mínima em relação ao aeroporto é de 09 quilômetros e, quanto maior for essa distância, menores serão as exigências do Comar. De qualquer forma, somente depois de obter a aprovação dos dois órgãos, é que a Prefeitura irá providenciar a desapropriação”, informou De Aro. 

 Ao lado do Aeroporto, estrada de terra vira depósito de entulhos

Enquanto a Prefeitura procura um terreno localizado bem longe do Aeroporto Municipal para implantar um novo aterro sanitário e depositar o lixo domiciliar produzido em Jales, a população – ou parte dela – parece já ter encontrado o local ideal, bem próximo ao Aeroporto, para despejar entulhos como restos de construção, móveis, aparelhos eletrodomésticos e até roupas velhas. Essa é, pelo menos, a sensação de quem passa na estrada de terra que começa no Jardim Municipal e segue paralela ao aeroporto.

À beira da estrada é possível encontrar de tudo, inclusive animais mortos. E isso já se transformou em um transtorno para quem mora naquela região da cidade ou para quem utiliza a estrada. “É incrível como as pessoas não se conscientizam de que isso é errado. E não se pode dizer que isso é coisa de pobre. A gente vê carrinheiros despejando entulhos na estrada, mas também vê caminhonetes último tipo parando ali e jogando toda sorte de entulho”, diz uma moradora do Jardim Municipal. 

Mas ela não atribui o desrespeito ao meio ambiente aos moradores do bairro, apenas à falta de consciência e de educação de parcela da população. “O problema é que ninguém fiscaliza e quando fiscaliza não pune. A Prefeitura e os demais órgãos de proteção ao meio ambiente deveriam ser mais eficientes e rigorosos”, finaliza a moradora.

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