Após ação do Ministério Público Federal em Jales, a Justiça Federal condenou uma quadrilha que, em 2008 e 2009, trazia mercadorias ilegalmente do Paraguai para revender em lojas no comércio de Jales e cidades da região, inclusive em grandes lojas que pertencem a dois irmãos envolvidos no esquema.
Os irmãos M.C. e M.A.C, proprietários de lojas em Jales, com a ajuda da esposa de um deles, L.A.T., do funcionário das lojas A.L.S.P e de G.F.S. (responsável pelo transporte de mercadorias), montaram um esquema para comprar produtos – especialmente perfumes- no Paraguai, e trazê-los ilegalmente para o Brasil, para vende-los em seus estabelecimentos comerciais.
Todos foram condenados por descaminho e formação de quadrilha. Os irmãos e o funcionário A.l.S.P. foram ainda condenados pelo crime de estelionato, pois durante o mesmo período também cometeram fraude junto ao INSS. Para efetuar saques do seguro desemprego, os irmãos demitiram o funcionário, que continuou trabalhando na empresa, mesmo tendo se cadastrado como desempregado junto ao órgão público para ter direito ao benefício.
Os irmãos deverão cumprir pena de 10 anos e dois meses de prisão em regime fechado. A empresária L.A.T. e G.F.S, responsável pelo transporte da mercadoria, receberam penas de 7 anos e seis meses, também em regime fechado.
Apesar de não ter feito parte da quadrilha, V.J.K., foi condenado na ação. Ele foi preso durante o flagrante da operação junto com G.F.S., trazendo as mercadorias do Paraguai. V.J.K. confessou ter sido pago para participar do crime e foi condenado por descaminho a 1 ano e seis meses de reclusão, inicialmente em regime aberto, podendo a pena ser substituída por prestação de serviços à entidade pública ou comunidade.
O Ministério Público Federal comunicou que entrou com recursos para aumentar as penas. Os réus podem recorrer.