O juiz da 3ª Vara Cível de Fernandópolis, Renato Soares de Melo Filho, declarou indisponíveis todos os bens de Paulo Sérgio do Nascimento, ex-presidente das Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF) e do empresário Marcino Ferreira. O valor do bloqueio chega a R$ 2,2 milhões de cada um dos acusados.
A solicitação para que os bens fossem bloqueados foi feita pelo atual administrador da instituição de ensino, Titose Uehara, que tenta devolver os R$ 4,4 milhões ao cofre da FEF. O valor é referente à dois imóveis da Fundação, um terreno de 30 mil metros quadrados localizado em Rondonópolis – MT e uma propriedade rural em Barbacena – MG.
Segundo a denúncia do 2º Promotor de Justiça, Marcelo Antônio Francischette da Costa, o terreno de Rondonópolis foi vendido por Paulo Sérgio Nascimento, em 2013, ao empresário Marcino Ferreira. O valor do negócio foi de R$ 705 mil.
Ainda segundo o promotor, o imóvel estava como garantia para pagar dívidas e não poderia ter sido vendido sem autorização da Justiça. Além disso, o terreno foi vendido abaixo do valor de mercado, avaliado por um perito judicial em R$ 2,2 milhões.
No começo do ano, Paulo Nascimento e outro ex-presidente da FEF e também ex-prefeito de Fernandópolis, Luiz Vilar foram presos acusados de irregularidades. Além da venda irregular dos imóveis, o Ministério Público e a Polícia Federal apuram outras fraudes.
As prisões haviam sido decretadas pelo juiz Maurício Ferreira Fontes para aprofundar as investigações envolvendo desfalques nas contas da faculdade. Luiz Vilar foi preso no dia 27 de março a pedido do MP, acusado de participar do desvio de pelo menos R$ 3 milhões do caixa da Fundação Educacional de Fernandópolis. O rombo nos cofres da FEF podem ultrapassar R$ 10 milhões.