Terça-feira, Novembro 26, 2024

Julho Verde: o mês de conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço

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Para conscientizar as pessoas sobre o câncer de cabeça e pescoço e a importância de se fazer a prevenção ficando atento aos sinais de alerta da doença, o mês de julho é conhecido como “Julho Verde”. O mês de atenção à doença surgiu em 2014 no congresso mundial da especialidade.

Segundo o médico cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital de Câncer de Barretos – Unidade de Jales, Dr. Savio Costa de Paula, a estimativa do INCA (Instituto Nacional de Câncer) em 2016/2017, é que cerca de 18 mil novos casos desse tipo de câncer foram diagnosticados. Esse já um dos tipos mais incidentes em homens, acima dos 50 anos, perdendo apenas para o de próstata. Os mais comuns são na região da boca, laringe e faringe.

”Os principais fatores de risco continuam sendo o cigarro e o álcool. Em torno de 90% dos pacientes que chegam ao Hospital fumam ou bebem, ou fumaram ou beberam em alguma fase da vida. Há ainda uma associação entre o uso dos dois juntos, pois potencializa a ação carcinogênica do cigarro”, afirmou.

Além disso, de acordo com Gama, nas últimas décadas tem aumentado a incidência da doença na faringe, amídalas e base da língua. “Temos visto isso em uma parcela mais jovem da população, por volta de 40 anos, que não fumou e/ou bebeu. Esses novos casos estão ligados ao Papilomavírus Humano (HPV), transmitido através do ato sexual sem proteção”, disse.

Diagnostico precoce

Para o médico, o câncer de cabeça e pescoço é, na maior parte das vezes, evitável. “Se eu não fumo, bebo com moderação, não faço uso de bebida e cigarro juntos e faço sexo seguro, com proteção e poucos parceiros, eu estou diminuindo as chances de desenvolver a doença.”

Para o Dr. Filipe Minzon, também cirurgião oncologista da Instituição, muitos diagnósticos são feitos por dentistas. Além disso, é preciso ficar atento aos sinais. “Um caroço no pescoço, feridas na boca e/ou rouquidão que dure mais de 21 dias é um sinal de alerta. A pessoa deve procurar um médico ou a Unidade Básica de Saúde mais próxima. A melhor forma de cura ainda é a prevenção”, relatou. 

“Com o diagnóstico e tratamento precoce, são as únicas chances de aumentar a cura para a doença, por isso a importância da campanha, este já é o 2º ano, e precisamos conscientizar a todos que fiquem atentos a todos os sinais de alertas”, finalizaram os doutores Filipe e Sávio. 

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