Alciene Souza Oliveira, de 24 anos, funcionária de um restaurante japonês, foi morta com cerca de 30 facadas desferidas pelo próprio companheiro na tarde de terça-feira, 22 de maio, em Jales. O crime aconteceu às 14h30, na residência do casal na Rua Juvêncio Pereira de Brito, antiga Rua do Café, na Chácara Bandeirantes-Jardim Oiti. A quantidade de golpes é uma estimativa da polícia, já que o resultado da perícia ainda não foi divulgado.
Segundo o delegado Marcos Negreli, o crime foi motivado por ciúme. O homem teria visto uma mensagem no celular de Alciene e isso detonou uma explosão de raiva.
P.A.H.B., um auxiliar de almoxarifado de 27 anos, estava desempregado e foi preso pela Polícia Militar nas proximidades do local do homicídio. Ele andava pela rua desnorteado e com as roupas sujas de sangue. Vizinhos também apontaram à polícia que aquele era o autor (veja matéria nesta página).
Aos policiais, o assassino contou que agrediu a mulher com socos e pontapés e bateu com a cabeça dela no chão até que ela desmaiasse. A partir de então, pegou uma faca com a qual desferiu vários golpes até que o objeto entortasse e ficasse inútil. Em ato contínuo, ele pegou uma segunda faca e continuou as agressões até que a sua mãe interviesse. Na tentativa, a dona de casa O.H.C., de 59 anos, também ficou ferida na perna.
A jovem foi socorrida pelo SAMU que a levou para o Pronto Socorro da Santa Casa de Jales, onde morreu por volta de 16h30, pouco mais de uma hora depois de dar entrada no hospital.
O rapaz não tinha antecedentes criminais e não havia registros de que a mulher tenha sido vítima de ameaças ou de outro tipo de violência doméstica. Ele foi preso em flagrante e levado para a Central de Polícia Judiciária, onde foi autuado pelo delegado Marcos Negrelli por homicídio triplamente qualificado, incluindo agravantes previstos na Lei Maria da Penha, e por lesão corporal por ter ferido a própria mãe. Em seguida, foi transferido para a Cadeia Pública de Santa Fé do Sul, onde aguardará julgamento.
De acordo com o delegado, o casal mantinha um relacionamento amoroso e os dois moravam juntos há cerca de três meses. Não tinham filhos.
O auxiliar de almoxarifado foi preso em flagrante delito por homicídio doloso (triplamente qualificado) pela morte da companheira e lesão corporal em razão de ter lesionado a própria mãe.
Ainda segundo relatório do delegado, Alciene recebeu várias facadas no rosto e no abdome, depois que o assassino a derrubou, aplicando-lhe uma “rasteira”.