Alexandre Ribeiro
A pandemia de Covid-19, que ceifou a vida de 278 jalesenses até o fim do ano passado, também provocou impacto negativo no crescimento populacional de Jales, de acordo com o Portal da Transparência do Registro Civil. Dados disponibilizados pelos Cartórios mostram que foram registrados 513 nascimentos e 665 óbitos em Jales em 2021. A diferença negativa é de 152 registros, ou – 22,8%.
Além de representar um recorde absoluto no número de óbitos e um balanço entre nascimentos e óbitos jamais visto, o resultado interrompeu uma série de anos com crescimento populacional, na qual o número superior de nascimentos de jalesenses sempre foi maior do que o de óbitos.
Em 2020, foram registrados 589 nascimentos para 534 óbitos, resultando em uma diferença positiva de 55 nascimentos ou 9,33%. No ano anterior, 2019, o balanço foi de 612 nascimentos e 458 óbitos, resultado positivo de 154 novos jalesenses ou impressionantes 25,1%. Em 2018, o balanço mostra que houve 587 nascimentos de jalesenses e 490 óbitos. Aumento de 97 registros, ou seja, diferença de 16,5% entre nascimentos e óbitos.
PANDEMIA
A relação entre o aumento de mortes em relação ao número de nascimentos de jalesenses fica claro quando são analisados os registros dos óbitos causados pela Covid-19 na Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional).
Segundo o órgão, entre julho de 2020, quando foi registrado o primeiro óbito em Jales, e dezembro do mesmo ano, foram registrados 87 óbitos por Covid-19. Porém, entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro desse ano, houve 198 registros de óbitos causados pela doença. Em números proporcionais, os números informados pelos cartórios à CRC atribuem ao novo coronavírus nada menos que 29,7% dos óbitos de 2021. Os dados completos catalogados pelos Cartórios brasileiros integram o Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br), administrado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne a base de dados de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelas unidades presentes em todas as 5.570 cidades brasileiras.
Nomes mais registrados em 2021 são simples, curtos e bíblicos
Alice e Theo foram os nomes mais registrados em Jales em 2021. Os 12 mais registrados foram, em ordem decrescente: Alice (13 registros) Theo (12 registros) Helena e Miguel (10 registros); Cecilia (9 registros) Gabriel (8 registros) Laura e Manuela (7 registros) Guilherme, Maria Julia, Sofia e Ravi (6 registros).
No Brasil, Miguel e Helena apareceram na liderança pelo segundo ano consecutivo, confirmando que nomes simples, curtos e bíblicos estão na moda. Esta foi a tendência observada pelos 7.658 Cartórios de Registro Civil brasileiros responsáveis por registrar os nascimentos dos quase 2.5 milhões de recém-nascidos no ano passado. Pelo segundo ano consecutivo, Miguel (com 28.301 registros) entre os homens, e Helena, (com 21.890 registros) entre as mulheres, seguiram na liderança entre os mais escolhidos. O ranking dos nomes mais registrados permite ainda encontrar realidades regionais marcantes no país. Em três Estados do Nordeste o nome mais registrado foi feminino, com Maria Alice em Pernambuco, Maria Cecília em Alagoas e Maria Alice na Paraíba. Em quatro estados da região (Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará) João Miguel foi o mais escolhido. Miguel dominou as escolhas no Sul, Centro-Oeste e em parte do Sudeste, São Paulo e Minas Gerais, enquanto Gael foi o nome mais escolhido no Acre, no Amapá e na Bahia.