A Prefeitura de Jales aguarda os resultados dos exames realizados em duas mulheres que morreram esta semana com sintomas de arboviroses causadas pelo mosqui Aedes aegypti. Trata-se de uma mulher de 67 anos, que morreu no dia 20 de janeiro, e outra de 39 anos, que morreu no dia 22 de janeiro. Há a suspeita de que sejam os dois primeiros casos de óbitos por dengue na cidade em 2025.
Nota distribuída pela Prefeitura de Jales confirma a suspeita. A Secretaria de Saúde, através da Divisão de Vigilância Epidemiológica informou que foram registrados dois óbitos em investigação como suspeitos de dengue e que ambos os casos estão sendo analisados pelas autoridades de saúde, seguindo os protocolos para confirmação da causa dos óbitos.
“Reforçamos a importância de que a população adote medidas de prevenção, como eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, e procure atendimento médico ao apresentar sintomas da doença. Seguimos acompanhando a situação e reforçando as ações de combate à dengue no município”, diz a Nota à Imprensa.
Segundo o Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (NIES), em Jales há 359 casos prováveis, 238 em investigação, 115 descartados e 121 casos confirmados de dengue. Desses, 3 têm sinal de alarme e 2 são considerados de dengue grave.
Na região do GVE (Grupos Regionais de Vigilância Epidemiológica) de Jales há 7 óbitos em investigação e 5.223 casos prováveis de dengue. Do total, 2411 estão confirmados e 2812 estão em investigação. Outros 349 foram descartados.
O GVE de Jales abrange 35 municípios: Aparecida D’Oeste, Aspásia, Dirce Reis, Dolcinópolis, Estrela D’Oeste, Fernandópolis , Guarani D’Oeste, Indiaporã, Jales, Macedônia, Marinópolis, Meridiano, Mesópolis, Mira Estrela, Nova Canaã Paulista, Ouroeste, Palmeira D’Oeste, Paranapuã, Pedranópolis, Pontalinda, Populina, Rubineia, Santa Albertina, Santa Clara D’Oeste, Santa Fé do Sul, Santa Rita D’Oeste, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, São Francisco, São João das Duas Pontes, São João de Iracema, Três Fronteiras, Turmalina, Urânia e Vitória Brasil.
NÚMEROS
Os dados extraídos do painel do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (NIES), no dia 21 de janeiro de 2025, mostravam Jales com a menor incidência de casos prováveis por 100 mil habitantes, com 202,7. Na quinta-feira, 23, esse número subiu para 247,8/100 mil habitantes. Em Fernandópolis e Votuporanga, por exemplo, a situação é muito pior. Além de números mais altos, a disseminação da doença é bem mais rápida e os números crescem em ritmo acelerado.
Na quinta-feira, Fernandópolis tinha 2 óbitos a confirmar, 1517 casos prováveis, 1148 confirmados (eram 837 na terça-feira, 21), 369 em investigação (eram 200), 1 descartado e proporção de 1602,9 casos /100 mil habitantes (eram 1.168,7 casos/100 mil habitantes).
Relatório da manhã desta sexta-feira, 24, mostra que Votuporanga tem 1494 casos prováveis (eram 1.218), 279 confirmados (eram 218), 1215 em investigação (eram 1.000 dois dias antes), 226 descartados e incidência de 286,2 casos por cada 100 mil habitantes (eram 223,6 casos/100 mil habitantes) na terça-feira, 21.
Levantamento feito pelo assessor de imprensa Gabriel de Oliveira no dia 21 mostra Araçatuba com 2.501 casos prováveis, 1.775 confirmados, 726 em investigação, 3.233 descartados (882,9 casos/100 mil habitantes); São José do Rio Preto:10.636 casos prováveis, 1.660 confirmados, 8.976 em investigação, 122 descartados (342,0 casos/100 mil habitantes).
Ainda segundo o NIES, entre os municípios com menos de 50 mil habitantes, os dados indicam situações contrastantes. Enquanto algumas cidades registram números alarmantes, outras apresentam controle mais efetivo.
Confira:Santana da Ponte Pensa:3.171,8 casos por 100 mil habitantes (84 casos prováveis);Urânia:2.924,5 casos por 100 mil habitantes (267 casos prováveis);Estrela d’Oeste:642,2 casos por 100 mil habitantes (196 casos prováveis);Vitória Brasil:499,4 casos por 100 mil habitantes (20 casos prováveis);Santa Fé do Sul:19,9 casos por 100 mil habitantes (810 casos prováveis).
Fernandópolis decreta estado de emergência
O prefeito de Fernandópolis João Paulo Cantarella decretou estado de emergência no município em razão da epidemia de dengue. Decisão permitirá agilidade no combate à doença e o “fumacê” será liberado. O anúncio, com a assinatura do decreto, aconteceu na manhã desta terça-feira, 21, no gabinete do Paço Municipal.
Segundo o município, os números da escalada da epidemia não deixaram alternativa para a administração: em apenas uma semana (de 14 a 21 de janeiro) os casos positivos saltaram de 600 para 1330, um aumento de mais de 120% somente nesse período. Para Cantarella, nada do que está sendo feito adiantará, “se a população não apoiar o nosso trabalho”.
O prefeito pede que todos dediquem dez minutos do seu dia para observar o próprio quintal e retirar eventuais objetos que acumulem água, permitindo a procriação do mosquito transmissor.
O secretário municipal da Saúde comunicou também que está em estudos a abertura do Postinho do Distrito de Brasitânia nos finais de semana, bem como outras unidades em Fernandópolis, dependendo da demanda.
Rio Preto anuncia mais quatro óbitos
A Secretaria de Saúde de Rio Preto atualizou nesta quinta-feira, 23, o boletim epidemiológico com os casos de dengue notificados na cidade.
No momento, o município registra 11.535 notificações por dengue, das quais 1.907 foram confirmadas e 368 descartadas. Outros 9.260 casos suspeitos estão sendo investigados.
A Secretaria também confirmou dois óbitos ocorridos no mês de janeiro, sendo: uma mulher, da faixa etária de 40 a 49 anos, com comorbidades. Apresentou os primeiros sintomas em janeiro, foi internada e morreu no mesmo mês. Outra mulher, da faixa etária de 60 a 69 anos, com comorbidades. Apresentou os primeiros sintomas em janeiro, foi internada e morreu no mesmo mês.
Dois novos óbitos em decorrência da dengue referentes a munícipes que iniciaram os sintomas em 2024 foram confirmados: Homem, da faixa etária de 60 a 69 anos, com comorbidades. Apresentou os primeiros sintomas em dezembro, foi internado e morreu no mesmo mês. E outro homem, da faixa etária de 80 a 89 anos, com comorbidades. Apresentou os primeiros sintomas em dezembro, foi internado e morreu em janeiro. No ano de 2024, ocorreram 55.289 notificações por dengue, das quais 36.304 foram confirmadas, 16.796 descartadas e 2.189 continuam sendo investigadas.
Jales investiga dois óbitos suspeitos de dengue
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