Em entrevista ao Boletim Informativo, da rádio Nova Cultura, na última quarta-feira, dia 8, o vereador Tiago Abra (PP) confirmou o que o próprio prefeito Flávio Prandi Franco (DEM), o Flá, já havia sinalizado na semana passada. A prefeitura queria fazer a Facip, mas os vereadores não autorizaram a aplicação de recursos públicos na festa, em detrimento de outras prioridades do município. “A iniciativa foi dos vereadores. O prefeito queria fazer a festa, mas os vereadores disseram que não adiantaria enviar nenhum projeto para remanejar verbas de outras áreas para um recinto que nem é da municipalidade”, disse em resposta à uma pergunta sobre o assunto.
Tiago elogiou a iniciativa do prefeito de consultar a câmara antes de enviar o projeto. “Isso evita desgaste desnecessário. O diálogo é sempre muito bom para todos”.
A consulta aos vereadores foi relatada pelo próprio prefeito em duas ocasiões. Na segunda-feira, 30 de janeiro ele disse: “Tivemos uma reunião muito boa com os vereadores, hoje de manhã. Discutimos se seria melhor fazer a Facip ou não. Qual o patamar dos shows…?”
Na manhã de quinta-feira, durante anúncio do cancelamento da festa, o prefeito afirmou: “A princípio fui à Câmara Municipal, chamei todos os vereadores e eles foram unânimes em dizer: ‘Não. Aqui não vai ser repassado aumento de recursos para melhorias do recinto”.
O vereador adiantou durante a entrevista, que pretende sugerir ao prefeito que devolva o recinto imediatamente para a cooperativa, já que o imóvel deixou de ter utilidade para o município. “O contrato entre a prefeitura e a Unimed autoriza o uso até fevereiro do ano que vem e só permite que o recinto seja usado para a Facip. Como até o fim do contrato, não teremos mais Facip, então ele deixou de ser útil para a prefeitura. Vou fazer um requerimento questionando o porquê de o prefeito não entregar logo, afinal, não vai ser mais usado. Assim, qualquer empresário que quiser fazer a festa, pode negociar direto com a Unimed, que ainda poderá lucrar com o aluguel”.