Jales ainda não tem casos de H1N1, mas a circulação do vírus pelas cidades da região aumenta o risco de contágio de jalesenses. A afirmação foi feita pela responsável da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Renata Rachieli. “Já temos um caso de H1N1 tipo B, que é aquele vírus que circula anualmente e agente já conhece. Essa pessoa já foi tratada e recebeu alta. E temos também um caso do H3N2, que é considerado o novo vírus que circula por aí este ano. Ainda na tivemos nenhum de H1N1, mas como está circulando pela região e tivemos diversos casos em cidades vizinhas, sabemos que a qualquer momento vamos identificar o primeiro caso aqui também”.
A afirmação é baseada em números. Algumas cidades com grande intercâmbio de pessoas com Jales possuem registros confirmados da doença. Em Fernandópolis, a Secretaria Municipal de Saúde registrou um caso até o momento. Já Santa Fé do Sul registra 10 casos da doença.
Votuporanga tem um caso de H1N1 e dois casos de chikungunya neste ano. A doença é uma variação da dengue. O caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde na última semana. A vítima é uma mulher de 53 anos, moradora do bairro Vila América. Ela sentiu os sintomas da doença em março, foi tratada e se recuperou.
A secretária de Saúde do Município, Maria Aparecida Moreira Martins, afirmou que para manter os registros baixos é preciso atender ao chamado da campanha nacional de vacinação contra a gripe que começou na última segunda-feira, 23.
Ela lembrou que este ano o Ministério preparou uma agenda de vacinação que vai culminar com o “Dia D” da vacinação que vai acontecer em 12 de maio, sábado, quando os postos de vacinação estarão atendendo a todos os grupos das 8 às 17 horas.
A vacina de 2018 irá prevenir a população alvo contra o vírus Influenza dos tipos A (H1N1), A (H3N2) e B.
Em Jales, a vacinação está acontecendo em oito ESFs. No Municipal, Roque Viola, Jardim São Jorge, JACB, Jardim Paraíso, Novo Mundo (que também atende o Jardim Arapuã), Núcleo Central (antigo Postão) e ESF Rural, que atende a Zona Rural.
De acordo com a diretriz do Ministério da Saúde, responsável por encaminhar as doses da vacina para todo o país, a campanha de vacinação contra gripe em 2018 ocorrerá por etapas. A primeira, que começou no dia 23, é voltada para idosos com 60 anos ou mais, profissionais de saúde e população indígena, que não existe em quantidade significativa em Jales.
A partir de 2 de maio, serão vacinados na segunda etapa as crianças na faixa etária a partir seis meses e menores de cinco anos, gestantes e puérperas com até 45 dias após o parto.
No dia 9 de maio, a vacinação se estende para professores e pacientes com doenças crônicas, como asma, diabetes, doenças imunossupressoras e outras.
A diretora de imunização da Secretaria Estadual da Saúde, Helena Sato, garante que os riscos são mínimos. “É importante deixar claro que a vacina não provoca gripe em quem tomar a dose, já que é composta apenas de fragmentos do vírus que causam a devida proteção, mas são incapazes de causar a doença”.
No Brasil, somente casos de gripe grave, caracterizados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente do tipo, são de notificação obrigatória. Em 2018, até o momento, foram notificados 65 casos de SRAG no Estado de São Paulo atribuíveis ao vírus Influenza, causador de gripes, e 11 óbitos.
Desse total, foram relacionados ao vírus A (H3N2) 19 casos e 3 óbitos. Em 2017, foram 1.021 casos e 200 óbitos, cerca de metade relacionada ao H3N2, ou seja, 562 casos e 99 mortes.