O pré-candidato a prefeito pelo DEM, Flávio Prandi Franco, não se fez de rogado e disse em entrevista radiofônica concedida nesta semana que pode abdicar da candidatura desde que algum outro candidato apresente um projeto tão bom quanto o seu, que, na sua opinião, é o melhor. “Eu não estou impondo candidatura nenhuma. Só quero que apresentem o projeto como eu estou dizendo [que tenho] pela história política que foi construída, pela história de administração em cargos importantes do estado, pelos contatos nos ministérios e secretarias, com os deputados…ou seja, já tem muita gente envolvida nesse processo que eu iniciei em 1996 [com a candidatura a vereador]”, disse no Antena Ligada, na última quarta-feira, 2 de junho.
Perguntado pelo apresentador Claudinei Antônio se ele estava afirmando que o seu projeto de poder é difícil de ser revertido, Flá foi taxativo: “Eu acho particularmente que [o meu] é o melhor projeto. Porque eu estou defendendo. Eu! Mas todos nós que fazemos parte desse projeto também acreditamos. Só que nada impede que ele seja revisto. Agora, precisa ser revisto com números, com base e com informações, senão, não dá pra discutir um projeto futuro [para Jales]”.
A declaração foi dada pouco depois de Flá discorrer sobre a sua vida política e toda experiência eleitoral e administrativa que diz ter acumulado no período. “Vamos fazer um breve relato para entender essa questão de pré-candidatura ou não, porquê dela ou não”, disse ao iniciar o histórico.
O democrata, que é gerente regional da CDHU, criticou uma declaração do prefeito Pedro Callado dada ao mesmo programa há cerca de duas semanas. Na ocasião, Dr. Pedro disse que anunciaria sua pré-candidatura porque “o lado de lá”, estava se mobilizando. Flá respondeu que não existem dois lados e, pregando união das forças políticas, prometeu lutar por um acordo “até o último minuto”.
Rumores disseminados nos bastidores políticos acusam Flá de estar preparando uma candidatura a deputado em 2018 e para isso, pretenderia usar a Prefeitura de Jales como trampolim. Perguntado se estaria disposto a abrir mão da candidatura neste ano em troca de apoio em 2018, ele não descartou. “A política é muito dinâmica. Você não pode vetar nenhuma possibilidade, mas não dá para discutir 2018 se nós estamos em 2016. Tenho plena convicção que precisamos de um deputado, mas também de que precisamos cuidar da cidade agora”.