Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Flá diz que não planeja aumentar impostos para suprir falta de dinheiro

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O virtual prefeito Flávio Prandi Franco (DEM) disse, em entrevista exclusiva ao Jornal A Tribuna, que não assumiu compromissos com pessoas ou partidos e que poderá não preencher todos os cargos de confiança da Prefeitura. Ele garante, ainda, que a Facip não irá acabar por falta de recinto. “Vamos conversar com a Unimed para estender o prazo da cessão do recinto”. A entrevista completa, está nesta página.

A Tribuna – Considerando que o senhor já está virtualmente eleito, como pensa resolver os graves problemas de infraestrutura da cidade, principalmente a questão das ruas esburacadas? O senhor já tem um plano para isso? Onde pensa conseguir recursos?

Flá – Sabemos que a cidade passa por graves problemas de infraestrutura e estamos assumindo a administração com plena consciência disso. Pensamos, a curto prazo, ir em busca de recursos junto aos deputados federais e estaduais que nos apoiam, através de emendas parlamentares e, a médio prazo, através de um replanejamento orçamentário para os próximos anos, destinar uma parte dos recursos do próprio município para suprir essas carências.

A Tribuna – Em 2016, as despesas do município cresceram muito mais do que as receitas, uma tendência que deverá perdurar pelo menos até o final de 2017, uma vez que a arrecadação federal – não obstante a troca de governo – continua caindo. Como o senhor pretende enfrentar a falta de dinheiro? Existe algum plano de aumentar os impostos municipais, por exemplo?

Flá – Pretendo enfrentar a falta de dinheiro realizando um replanejamento administrativo que permita o melhor gerenciamento das contas públicas, procurando eficiência nos serviços e a economia nas finanças, ou seja, queremos fazer uma administração eficiente, mas também econômica, evitando desperdícios e concentrando nossos esforços nos serviços básicos e essenciais. Claro que buscaremos também o apoio dos governos federal e estadual para as questões mais urgentes. E não existe nenhum plano de aumento de impostos municipais.

A Tribuna – A administração atual viu-se obrigada a paralisar a construção das 99 casas da CDHU e esse é um problema que deverá sobrar para o senhor. Considerando a sua experiência como gerente regional da CDHU, o senhor acha que é possível superar os obstáculos e concluir essa obra até o final de 2017?

Flá – Sim, é possível superar esses obstáculos e trabalharemos com todo nosso empenho para concluir essa obra até o final de 2017.

A Tribuna – Alguns críticos da candidatura única afirmam que, para conseguir fechar esse acordo em torno do seu nome, o senhor teria assumido diversos compromissos com partidos e pessoas. Por exemplo, dizem que alguns candidatos a vereador teriam emprego na Prefeitura, caso não sejam eleitos. Esses compromissos existem? Se existem, como o senhor pretende cumpri-los diante das dificuldades do município?

Flá – Não, esses compromissos não existem. Não fizemos isso nesta campanha nem na campanha das eleições de 2012. Esse não é o nosso perfil. Como você mesmo mencionou na pergunta, foram alguns críticos que afirmaram isso e não eu.

A Tribuna – A administração atual tem vários cargos vagos e ainda assim enfrenta dificuldades com a folha de pagamento. O senhor pretende preencher todos os cargos de primeiro e segundo escalões das secretarias? Pretende utilizar servidores de carreira em cargos de confiança?

Flá – Entendo que a administração pública deve ser gerenciada pelos princípios do profissionalismo e da eficiência. E serão esses dois critérios que nortearão as escolhas que faremos para compor a nossa equipe de trabalho. Como ainda não a definimos, não existe uma previsão de quais cargos serão preenchidos, porém já sabemos que vamos atender a legislação que determina que 35% dos cargos de confiança sejam preenchidos com servidores de carreira. E não descartamos a possibilidade de que alguns cargos fiquem sem serem preenchidos, uma vez que devemos também considerar a Lei de Responsabilidade Fiscal e a adequação do nosso orçamento.

A Tribuna – A cessão do imóvel onde é realizada a Facip terminará em 2018 e, segundo se comenta, a Unimed – dona do imóvel – pretende vende-lo. O senhor já pensou em alguma alternativa quanto à realização da Facip a partir de 2019?

Flá – A Facip é uma festa que faz parte da história e da cultura do nosso povo e deve ser preservada. Vamos empenhar esforços para perpetuá-la. Existem algumas alternativas para continuar realizando a festa. Inicialmente, podemos entrar em contato com a Unimed para estender o prazo até o final do mandato ou até mesmo alugar o local. Outra opção seria a aquisição de uma outra área para um espaço de eventos, onde poderia ser realizada a festa. A obra seria viabilizada com recursos federais e estaduais.

A Tribuna – Finalmente, qual será a participação do vice-prefeito José Devanir Rodrigues, o Garça, no seu governo? 

Flá – O Garça é um grande companheiro, um amigo pessoal e um profissional que admiro muito. Sua participação já começou, ele já faz parte do nosso projeto. Sua experiência como administrador na área da saúde certamente será aproveitada, dependendo apenas de sua agenda e de seus compromissos pessoais. Mas sempre contei e conto com ele ao meu lado para administrar a cidade.

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