O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Carlão Pignatari, esclarece que não são verdadeiras as notícias sobre possível instalação de praças de pedágio ao longo da rodovia Euclides da Cunha (SP-320). Segundo ele, os boatos são apenas isso mesmo: boatos.
Ele explicou que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) não tem planos de implantar praças de pedágio na via, conforme os boatos disseminados em blogs e sites da região. As pesquisas sobre volume de tráfego e origem e destino, que deram origem à boataria, são destinadas exclusivamente a melhorias para os usuários.
Carlão lembrou que a rodovia Euclides da Cunha (SP-320) “é uma importante via de transporte de passageiros e também de escoamento da produção agropecuária paulista e de outros Estados”.
São quase 185 quilômetros entre Mirassol e a divisa com o Mato Grosso do Sul que, inclusive, foram duplicados e revitalizados pelo governo estadual com investimentos de mais de R$ 450 milhões, beneficiando milhares de pessoas, produtores e empresas.
REQUENTADOS
Não é a primeira vez que pipocam boatos sobre o pedageamento da rodovia. Antes mesmo do início das obras de duplicação, em 2007, já havia quem garantisse até onde os supostos pedágios seriam instalados. Passados 14 anos, tudo continua como antes.
Quando foram instalados os radares fixos, nova onda de boatos invadiu sites, blogs e os “especialistas” voltaram a garantir que daquela vez, era verdade. Novamente, eram só fake news político-eleitorais, que surgem rotineiramente próximo das eleições majoritárias, quando se escolhem governadores e deputados.
Em todas as ocasiões, o Governo do Estado negou peremptoriamente que os motoristas teriam que pagar para circular pela via. Da mesma forma rápida que surgiram, os boatos desaparecem.
Dessa vez, a nova onda de boatos foi iniciada por um site de Fernandópolis, que deduziu que uma pesquisa rotineira sobre volume de tráfego tinha como objetivo fazer cálculos financeiros de fluxo para cobrança de pedágios.
No dia 3 de agosto, o site fez uma postagem com o título em letras garrafais, levantando suposição sobre a cobrança. “PEDÁGIO NA EUCLIDES DA CUNHA-SP 320?? NADA OFICIAL”, dizia a postagem.
Segundo seus redatores, no dia 3 de agosto, uma equipe de reportagem do site foi abordada no trecho entre Fernandópolis a Votuporanga por funcionários que estariam fazendo pesquisa de volume de tráfego, e indagou o que estava acontecendo, não obtendo as informações.
Foi o suficiente para deduzir que se tratava de preparação para o pedageamento. “Em uma rápida pesquisa conseguimos saber que poderá ser instalada uma praça de pedágio neste percurso – na SP 320 – rodovia Euclides da Cunha. (ainda nada é oficial)”, publicou.
A mesma postagem explica que a pesquisa chamada de Origem-Destino é realizada regularmente em vários trechos das rodovias da região.