Sábado, Novembro 23, 2024

Entrevista da Semana – Luís Henrique Moreira – Prefeito de Jales

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O nosso Personagem da Semana é o prefeito de Jales, Luís Henrique Moreira. A proposta era fazer um balanço sobre o que Jales conseguiu dos outros entes federativos, mas também conversamos sobre perspectivas financeiras no ano que vem e até sobre eleições. 


A TRIBUNA: Fechado o cofre dos governos federal e estadual, você tem ideia mais ou menos de quanto a Prefeitura de Jales vai ter de convênio? Foi mencionado coisa de R$ 50 milhões. Procede?
LUÍS HENRIQUE: Na verdade, na última sexta foi o último dia para assinatura de convênios e nesse um ano e meio de administração foram mais de 57 convênios assinados que totalizaram entre recursos estaduais e recursos federais um valor na ordem de R$ 31 milhões, mais R$ 6 milhões de contrapartida que totalizam R$ 37 milhões. Mas tem duas coisas aí muito importantes que estão fora desse valor que são os custeios de saúde em torno de 7 a 10 milhões de reais. Vários deputados ajudaram na questão da saúde então acredito que quando se fala em R$ 37 milhões mais a questão da saúde sobe para R$ 47 milhões. Também tem a frota. Recentemente nós ganhamos através de emenda de vários deputados e do programa Novas Frotas, retroescavadeira, dois tratores, quatro ambulâncias e quatro vans, um veículo da Defesa Civil, duas caminhonetes para que a gente pudesse fazer a segurança no campo através de um convênio com a Polícia Ambiental, então se somar também esses veículos, eu acredito que vai dar um valor bastante significativo, ultrapassando os R$ 55 milhões. Podemos dizer que esse valor foi exclusivamente para Jales, só que tem alguns outros programas que Jales também foi contemplada. Quando você pega, por exemplo, a obra na rodovia Jales a Dirce Reis, foi uma obra do governo do estado, só que foi uma luta muito grande nossa e dos prefeitos de Dirce Reis. E ali na Vitório Prandi foi investimento praticamente de R$ 17 milhões, que, são valores do Estado só que, de certa forma, através de muita luta tanto minha como do saudoso prefeito de Dirce Reis, que infelizmente perdeu a vida para a Covid e depois o Visoná que continuou essa luta e que nós ficamos fazendo gestão junto com os deputados estaduais. E você pega a Elieser Montenegro Magalhães, que é uma obra de praticamente R$ 36 milhões, e a Jarbas de Moraes (Jales a Santa Albertina), que é mais de R$ 20 milhões, então se você somar esses valores de R$ 55 milhões mais o asfalto que foi conseguido, tudo ultrapassa R$ 100 milhões. Sem contar que o governador Rodrigo Garcia anunciou recentemente o recape total da rodovia Euclides da Cunha, que liga Mirassol até Rubinéia e passa por Jales. Afinal, Jales também foi contemplada porque facilita o acesso das pessoas para gastar no comércio de Jales e para escoar a produção rural, então foram valores bastante significativos que nos deixaram muito feliz, muito feliz mesmo. É um trabalho cansativo, eu confesso que é cansativo. Durante esse um ano e seis meses de administração, enfrentamos vários desafios. Foram muitas viagens para Brasília, para São Paulo e aí é importante destacar a grande amizade e a parceria com os deputados estaduais e deputados federais, senadores e principalmente o governador Rodrigo Garcia, que tem feito a diferença para os prefeitos. 


A TRIBUNA: Essa quantidade de convênios é uma coisa inédita, um marco histórico para Jales. Nunca houve uma liberação desse montante. Qual é o segredo para esse sucesso?
LUÍS HENRIQUE: É um conjunto de fatores. Posso dizer que foi o bom relacionamento com vários deputados, tanto que recebemos emendas de vários deputados estaduais, com Carlão Pignatari, Analice Fernandes, Itamar Borges, Rafa Zimbaldi, e vários outros e nós tivemos ajuda de vários deputados federais também. É claro que o nosso principal parceiro é o Fausto Pinato, mas tivemos ajuda do pastor Marcos Feliciano, do Geninho Zuliane, Alex Manente, da Renata Abreu, que eu fui candidato a deputado estadual pelo Podemos, partido do qual Renata é presidente nacional, então temos um laço de amizade muito grande com ela e hoje o secretário de esporte é o Thiago Milhim, um grande parceiro e presidente estadual do Podemos que recentemente liberou importantes valores de programas do esporte. 
Então foram quantidades de recursos muito grandes liberados por vários deputados de vários partidos, até mesmo do PT. Eu acho que isso é fruto realmente de fortes amizades que nós deixamos quando moramos em Brasília. São amigos que nós deixamos lá e contatos que nós fizemos desde aquela época. 


A TRIBUNA: Grande parte disso veio do Governo do Estado, correto?
LUÍS HENRIQUE: A gente também não pode esquecer do nosso governador Rodrigo Garcia. Estou como prefeito pela primeira vez e não dá pra comparar com outros governos, mas a gente conversa muito com prefeitos nas nossas viagens aí para São Paulo, para Brasília, e todos os prefeitos que estão em segundo, terceiro, quarto mandatos falam que realmente nunca teve um governador, nunca teve um período onde foram liberados tantos recursos, tantos investimentos, tantos programas governamentais como na gestão de Rodrigo Garcia. Para se ter ideia, ele tem obras em todos os 645 municípios do estado. Aí em razão também da proximidade do Rodrigo com a nossa região, porque ele é de Tanabi, e por termos bons representantes, a gente está sendo bastante privilegiado.

 
A TRIBUNA: E você acha que isso vai ser reconhecido nas urnas?
LUÍS HENRIQUE: Nós, de forma informal, monitoramos a nossa administração a cada 45 dias para conferir o nosso desempenho e é evidente que a gente também tá curioso para saber como está o andamento da eleição estadual e federal e vou te passar um dado importante: no início do mês de julho de 2018 o Geraldo Alckmin tinha renunciado para ser candidato a presidente e o Márcio França era candidato a governador. No mesmo período que nós estamos agora, no início do mês de julho, o Márcio França tinha 4% das intenções de voto e foi ao segundo turno. Na última pesquisa Datafolha, o Rodrigo já aparece com 13%. 
Nós temos informação que até sábado o Márcio França desiste da candidatura então nós teremos três candidatos: Haddad, Tarciso e Rodrigo, sendo que no cenário da última pesquisa o Rodrigo tá empatado com o Tarcísio. Eu fui convidado para fazer parte da equipe de coordenação de campanha do Rodrigo o que se percebe é que, embora o Rodrigo tenha 28 anos de vida pública, ele ainda não era tão conhecido como todos imaginávamos.
As pessoas não sabem que o Rodrigo Garcia assumiu o governo recentemente, mas depois das ações do programa Governo na Área, aumenta em 35% o nível de conhecimento do Rodrigo e dessas pessoas que o conhecem, 17% passam a votar nele. Também posso te garantir que, 80% dos prefeitos dos 645 municípios paulistas estão com o Rodrigo e acho que quando de fato começar realmente a campanha, a tendência do Rodrigo é crescer a cada dia porque a rejeição dele é muito baixa e ele terá praticamente 60% do tempo de rádio e televisão e as pessoas poderão conhecer melhor a vida e as propostas do Rodrigo.  


A TRIBUNA: Nós estamos no advento da PEC Kamikase, vendo uma queda de ICMS, você acha que ano que vem vai ter essa situação favorável?
LUÍS HENRIQUE:  Esse período de um ano e meio foi de bastante correria e eu acabei me ausentando muito mais do que eu gostaria porque eu tinha conhecimento que para a nossa administração isso seria importante. Todas as conquistas seriam alcançadas até 1º de julho de 2022 por causa da lei eleitoral.
Mas nós sabemos que seja quem ganhar a eleição presidencial e do governo do estado, a tendência natural é um enxugamento da máquina pública, então existem perspectivas de queda de arrecadação, perda de ICMS e eu acredito que o ano de 2023 vai ser um ano muito difícil para os municípios, então por isso que era importante e necessário conseguirmos os recursos até agora para que a gente possa em novembro dar ordem de serviço em outras obras e no ano de 2023 sobreviver com importantes obras. 
Vamos ter muitas obras importantes como, por exemplo, duas UBSs, pista de skate, a reforma do ginásio de esportes, a revitalização da Avenida Paulo Marcondes. No caso específico das UBSs vão ser entregues no ano que vem. Também teremos praticamente R$ 6 milhões para fazer recape de agora até o final do ano, mas a quantia maior, acredito aí na casa aí de R$ 12 a R$ 15 milhões, a gente vai tá fazendo no ano que vem, então vamos ter bastante obra também pro ano que vem. Tenho certeza que sendo eleitos os deputados parceiros a gente também vai conseguir importantes recursos em 2023 para estar entregando essas obras em 2024.


A TRIBUNA: Em que medida os vereadores ajudaram o município a conquistar essas emendas? 
LUÍS HENRIQUE: Eu tenho que aproveitar e agradecer o parlamento porque em um ano e sete meses nós não tivemos um único projeto rejeitado pelo parlamento. Todos foram aprovados através do diálogo explicando as reais necessidades e a importância do porquê daquele projeto e então acho muito importante essa sintonia, esse bom relacionamento entre executivo e legislativo. É claro que os vereadores ajudaram, todos os vereadores, eu posso dizer que uns mais outros menos, mas correram atrás dos seus deputados para que pudesse estar chegando recursos ao município, então a Câmara realmente teve uma participação bastante importante em todas essas conquistas e o nosso relacionamento é muito positivo.  
A grande maioria dos vereadores estão unidos e bem alinhados porque eu tenho certeza que, assim como eu, são bem intencionados e querem realmente fazer da nossa cidade uma cidade melhor, mais prósperas e que quando acabar o nosso mandato nós possamos entregar uma cidade infinitamente melhor do que aquela cidade que nós assumimos lá no dia primeiro de janeiro de 2021.


A TRIBUNA: Vocês já estão elaborando o orçamento do ano que vem? Já sabe de quanto será?
LUÍS HENRIQUE: Ainda não. Nós devemos ter uma reunião na próxima semana junto com o secretário de Fazenda e os contadores, junto com todos os secretários para que a gente possa fazer com muito cuidado, com muita responsabilidade para que realmente fique um orçamento para atender todas as secretarias.


A TRIBUNA: Você disse uma vez que queria transformar esta cidade. Acha que está conseguindo?
LUÍS HENRIQUE: Acho que sim. Eu sempre dizia na campanha que muitas coisas a gente tinha ideia de ser um divisor de águas, fazer dessa administração uma administração que vai ficar marcada positivamente como a maior administração que essa cidade já teve. Com muitas obras, muitos investimentos, como por exemplo a questão do pontilhão sobre a linha férrea, que é uma obra que faz mais de 40 anos que é um anseio da população. Agora o pontilhão é uma realidade e até o final de outubro estará pronto e nós estamos lutando muito para a construção do segundo pontilhão.

 

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