Mais um capítulo da novela entre Elektro/Prefeitura de Jales/população está em andamento. Dessa vez, espera-se que seja o epílogo do sofrimento dos jalesenses com a manutenção da iluminação pública da cidade. A companhia concessionária do fornecimento de energia elétrica vai deixar definitivamente o serviço de manutenção da iluminação pública e será novamente substituída por uma empresa privada que será paga pela prefeitura através da Contribuição de Iluminação Pública (CIP) cobrada mensalmente dos moradores. A prefeitura informou que a medida foi tomada em comum acordo. “Nós vínhamos conversando com a Elektro e houve uma manifestação de romper esse serviço uma vez que ela não tem interesse. Ela praticamente desmontou toda a sua equipe de manutenção e não tem interesse em continuar executando o serviço”, disse o secretário de Planejamento e Trânsito, Nilton Suetugo.
Na realidade, o serviço é considerado caro e causador de grande desgaste para a empresa, que está tentando se desfazer desse ônus em todos os municípios onde ela opera.
O secretário estima que em dois meses a prefeitura tenha finalizado uma concorrência pública para contratação da empresa que assumirá o serviço de manutenção da iluminação pública, inclusive de reparo dos pontos escuros e da iluminação ornamental. A empresa deve começar a atuar no começo do ano que vem.
Como forma de compensação, a empresa prometeu doar o equivalente a R$ 500 mil em lâmpadas de led para substituir as lâmpadas de mercúrio, que consomem mais. A troca proporcionaria economia ao município.
“Pretendemos juntar esse valor com cerca de R$ 500 mil provenientes da arrecadação da CIP, que já temos em caixa, e vamos investir cerca de R$ 1 milhão na troca de todas as lâmpadas de mercúrio. Isso vai proporcionar uma economia significativa na conta que a prefeitura paga para a Elektro”.
Jales possuía em julho do ano passado, 7.692 pontos de iluminação pública, incluindo 664 pontos de iluminação ornamental. Esse número vem aumentando com a instalação de novos loteamentos. Nilton Suetugo estima que haja cerca de 40 novos empreendimentos em processo de análise e instalação na cidade.
NOVELA
A substituição pode ser o capítulo final de uma novela que se arrasta há meses e começou ainda na administração Pedro Callado, quando a companhia decidiu unilateralmente encerrar o serviço. Na ocasião, a prefeitura foi obrigada a contratar uma empresa privada e acionou a Elektro na justiça, que acabou dando ganho de causa para o município. Agora, porém, a prefeitura desistiu de obrigar a companhia, que não vinha executando a manutenção a contento, a despeito da decisão judicial.