O que à primeira vista seria um excelente negócio para E.S.M. 20 anos, acabou se mostrando uma cilada das grandes e que vai lhe render alguns anos de cadeia. Atraído pela chance de levantar um bom dinheiro “fácil”, ele decidiu comprar algumas porções de crack e cocaína para revender aos viciados de Dirce Reis, onde mora. Foi até a casa de M.A.O.C., de 40 anos, um traficante conhecido no Jardim América, em Jales, e comprou 20 gramas de cocaína pura.
Graças às denúncias anônimas que informaram sobre a venda de drogas no local, e o intenso trabalho de investigação, os policiais da DISE (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes) montaram um flagrante para estragar a negociação.
Na noite de terça-feira, descobriram que E.S.M. viria a Jales fechar negócio e pegar a sua encomenda. Foi então que o abordaram na casa de M.A.O.C. portando a cocaína pura. Em seguida, foram até a sua casa, em Dirce reis, onde encontraram mais 10 gramas de crack, R$ 512,00 e uma balança de precisão.
Segundo o delgado Sebastião Biazi, ele costumava vir a Jales para comprar drogas e revender naquela cidade. Seu principal fornecedor seria o morador do Jardim América, preso na mesma data.
Ainda no Jardim América, na casa de M.A.O.C., os policiais encontraram 622 gramas de crack, mais uma balança de precisão usada para pesar drogas, e R$ 1,1 em dinheiro. Ambos foram presos por tráfico e associação ao tráfico.
Com um investimento de R$ 500,00, feito na compra do crack, o traficante esperava faturar R$ 25 mil, em 2,5 mil porções de R$ 10,00 cada. A cocaína teria sido comprada por R$ 500,00 e pretendia vender cada porção por R$ 25,00.
Maior traficante de Jales
M.A.O.C., o traficante preso com R$ 25 mil em crack guardados em uma bolsa feminina na sua casa no Jardim América, é considerado o maior traficante em atividade em Jales.
Conhecido pelo vulgo de “Pioio”, o homem de 40 anos já foi anteriormente, chegando a ser condenado a cinco anos de reclusão. Naquela ocasião, ele foi flagrado com uma pequena quantidade de drogas, mas o eficiente trabalho da equipe de investigação conseguiu reunir elementos que provaram que ele atuava na compra e revenda de entorpecentes e que a droga apreendida por ele não era para o seu uso particular, como ele alegou então.
Dessa vez, porém, ficou difícil para “Pioio” usar o mesmo argumento. Estimativas da polícia indicam que para que ele conseguisse consumir os 622 gramas de crack seria necessário usar 10 gramas da droga diariamente durante dois meses ininterruptamente. “A saúde dele estaria completamente deteriorada e ele seria apenas pele e osso, mas, ao contrário, ele tem uma aparência saudável”, disse o delegado Sebastião Biazi, que coordenou a prisão.