Terça-feira, Novembro 26, 2024

Depois de polêmica, Câmara conclui troca de telhado

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A Câmara Municipal finalizou a troca da cobertura do prédio do Legislativo, depois de muita polêmica a respeito do assunto. Tudo começou em 2011, durante a gestão do ex-presidente Claudir Aranda, quando a Câmara, depois de realizar uma licitação, contratou os serviços de uma empresa de Jales para executar uma reforma, que incluía a troca do telhado do prédio. Em 2014, por conta dos vazamentos e infiltrações que estavam ocorrendo no período das chuvas, dois servidores do Legislativo solicitaram ao então presidente, Gilberto Alexandre de Moraes, uma vistoria mais apurada nos serviços executados em 2011, os quais custaram R$ 102,3 mil ao Legislativo.

Gilbertão decidiu, então, nomear uma comissão para investigar o assunto e contratar um técnico de Fernandópolis para elaborar um laudo sobre a qualidade e espessura dos materiais utilizados na reforma. O laudo do engenheiro Roberto Rachinicchi, entregue em setembro de 2014, constatou que os materiais utilizados na reforma não correspondiam ao que havia sido licitado e contratado. O mesmo laudo atestou, no entanto, que a diferença entre o material utilizado e o contratado não poderia ter sido constatada a olho nu, isentando de culpa o engenheiro Manoel Andreo de Aro, responsável pelo projeto e pelo recebimento da obra.

Diante do laudo e dos depoimentos das testemunhas arroladas, a comissão nomeada por Gilbertão concluiu que a empresa contratada para execução das reformas teria sido a responsável pelas falhas na troca da cobertura. Depois de algumas conversações, a empresa chegou a um acordo com a Câmara onde comprometeu-se a refazer os serviços, os quais foram concluídos na sexta-feira, 03. Segundo informações da Câmara, o mesmo técnico contratado anteriormente – Roberto Rachinicchi – deverá estar em Jales na próxima semana para elaboração de um novo laudo.

Assunto ainda está sendo investigado pela polícia

 A polêmica troca do telhado da Câmara foi um dos temas das conversas entre o ex-vereador André Macetão e o ex-secretário de Planejamento, Aldo José Nunes de Sá, gravadas por este último e divulgadas após a cassação da ex-prefeita Nice Mistilides. Nas gravações, Macetão insinua que teriam acontecido desvios na reforma do telhado. “Deram uma nota de R$ 182 mil. Isso é uma vergonha”, afirmou Macetão na conversa com Aldo. A reforma da Câmara custou, no entanto, R$ 102,3 mil. O próprio André Macetão tratou de desmentir o que havia dito ao secretário Aldo.

 A troca do telhado foi parar no Ministério Público que, depois de ouvir as partes envolvidas, decidiu arquivar o processo. A polêmica poderá, no entanto, ser reacendida, uma vez que a Polícia Civil, que também foi acionada, ainda não concluiu o inquérito aberto para investigar o caso. As investigações estão sendo conduzidas pelo delegado Altair Ramos Leon.

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