Apesar de ter sido instalado a pedido de moradores, o semáforo no cruzamento da Rua das Palmeiras com Avenida Maria Jalles já nasceu problemático. Demorou para começar a funcionar, foi instalado parcialmente, teve componentes furtados (segundo uma moradora) e desde que está em atividade só tem gerado reclamações. O local é confuso para motoristas e pedestres, o tempo de espera é muito grande e há acesso por várias direções e sentidos.
Alguns dos problemas apontados pelos moradores já foram comprovados pelo Departamento de Mobilidade Urbana, que cuida do trânsito no município de Jales. Medidas para melhorar a situação já foram solicitadas pelo departamento e outras ainda estão em estudo.
Em respeito ao Requerimento nº 255/2021, do vereador Rivelino Rodrigues, o diretor do Departamento, Altair Ramos Leon, e a chefe da Divisão de Engenharia e Sinalização Beatriz Renesto Faile, afirmaram que “o semáforo instalado na Rua Braz Polízio traz dificuldade de compreensão por parte de alguns condutores e aumenta muito o tempo de espera para os condutores que trafegam pela Rua das Palmeiras e Avenida Maria Jalles”.
Mas não é só isso. Segundo os dois técnicos, a ondulação transversal existente na Rua das Palmeiras (nas imediações de um posto de combustíveis), com o início do aclive, traz prejuízo à fluidez do trânsito, principalmente de caminhões, portanto, poderia ser retirada. Esse pedido já foi solicitado. Alguns condutores estacionam ou param em locais proibidos pela sinalização, ocasionando a redução de velocidade dos demais veículos ou a parada total do fluxo, causando congestionamento.
O intervalo de tempo no semáforo está provocando espera para os condutores, devido às condições locais (interseção de vias de duplo sentido de circulação, além da Rua Braz Polízio), ocasionando uma grande área de conflito. Para se ter ideia da dificuldade, Altair explicou que no local há 17 movimentos de conflitos, número superior aos 16 previstos no Manual Brasileiro de Sinalização .
Entretanto, o departamento ressalva que a instalação do conjunto semafórico na Rua das Palmeiras, Avenida Maria Jales e Rua Braz Polízio, foi definida na administração anterior, atendendo pedidos de munícipes. À atual administração coube apenas acompanhar a instalação, definir e implantar a sinalização horizontal e o intervalo de tempos.
“De antemão se sabia da dificuldade para determinar os intervalos de tempo, devido ao grande número de movimentos conflitantes. Por isso, foram feitos estudos, com base especialmente no Manual Brasileiro de Sinalização, testes e vistoria in loco. Porém, o Departamento Municipal de Mobilidade Urbana e a Divisão de Engenharia e Sinalização continuam com estudos, objetivando a redução dos intervalos de tempo do conjunto semafórico e mudanças na sinalização e estão abertos para sugestões, apesar das dificuldades apontadas”.
PERGUNTAS
As constatações fazem parte da resposta dada pelo Departamento de Mobilidade Urbana a um requerimento aprovado pela Câmara no dia 27 de setembro, no qual Riva Rodrigues perguntou quem foram os responsáveis pelo estudo que determinou o tempo de espera e de passagem para os semáforos da Rua das Palmeiras, cruzamento com a Avenida Maria Jalles.
O parlamentar justificou que os semáforos na Rua das Palmeiras, no cruzamento com a avenida expõem os motoristas a um processo contrário à mobilidade no trânsito. É necessário aguardar o sinal fechado por 80 segundos e há 20 segundos para a passagem, fazendo com que muitos veículos tenham que aguardar pela segunda vez a abertura do sinal para passar.
“Não acho errado a instalação de semáforos, ali merecia a instalação há anos, porém do jeito que está não está certo. Esse semáforo da Rua das Palmeiras precisa ser revisto, estou falando como cidadão que passa por ali pelo menos duas vezes por dia. Tá aí a nossa solicitação para que seja revisto, minimize esse tempo de espera e aumente o tempo de passagem dos motoristas”.
O vereador João Zanetoni também comentou a propositura: “Passados cerca de 15 dias da instalação do semáforo, uma moradora do Jardim São Lucas filmou e me enviou. Fui até o setor e levei a situação, me disseram que iam estudar e melhorar. Já faz três meses e até agora nada. A população sofre com isso”.
Riva indagou se o Departamento de Mobilidade Urbana considera esse tempo de espera normal e o que será feito para melhorar a fluidez no trânsito do local.