Os gastos da Prefeitura de Jales com o consumo de energia elétrica dos diversos órgãos da municipalidade, que cresceram R$ 450 mil nos primeiros sete meses de 2015, na comparação com igual período de 2014, não deverá ser a única despesa a aumentar mais de 35% em menos de um ano, para desconforto do prefeito Pedro Callado. Segundo apurou o jornal A Tribuna, o município estima gastar R$ 4,6 milhões com o fornecimento da merenda escolar nos próximos 12 meses, o que significaria um aumento de 35,5% nesse tipo de despesa.
Os citados R$ 4,6 milhões representam o valor do aditamento contratual assinado no final de agosto deste ano entre o município e a empresa Della Fattoria Alimentare Refeições Ltda, um aumento de R$ 1,2 milhão em relação ao contrato assinado em agosto do ano passado, que estimava os gastos com a merenda em R$ 3,4 milhões. O valor do contrato não significa que a Prefeitura vá gastar a totalidade dos R$ 4,6 milhões com a merenda escolar nos próximos 12 meses, mas é um claro sinal de que as despesas deverão crescer bastante.
Em pouco mais de quatro anos, o valor do contrato para fornecimento da merenda escolar aos alunos do município praticamente duplicou. Em fevereiro de 2011, a contratação da empresa Starbene Refeições Industriais Ltda previa gastos de R$ 2,3 milhões. Pouco mais de um ano depois, em maio de 2012, quando a Prefeitura contratou a Básica Fornecimento de Refeições Ltda, o valor saltou para R$ 2,8 milhões. Em 2013, o valor contratado ainda com a Básica Ltda chegou a pouco mais de R$ 3 milhões. Em 2014, a Básica foi substituída pela Della Fattoria Ltda e o valor bateu em R$ 3,4 milhões, para, finalmente, chegar a R$ 4,6 milhões em 2015.
O contrato com a Della Fattoria Refeições Ltda não será, no entanto, o único gasto que Prefeitura de Jales terá com a merenda escolar nos próximos 12 meses. Além da prorrogação da contratação da empresa, a municipalidade firmou, também, um novo contrato com a Cooperativa Agrícola Mista dos Produtores da Região de Jales, no valor de R$ 234 mil, para aquisição de produtos oriundos da agricultura familiar. De acordo com uma lei federal de 2010, os municípios são obrigados a gastar com pequenos agricultores parte do dinheiro repassado pelo governo federal para aplicação na alimentação escolar.